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Jorge Viana destaca ações na Comissão da Reforma Política

O presidente da Comissão da Reforma Política no Senado da República, Jorge Viana (PT-AC) voltou a falar sobre as propostas analisadas ao longo do mês. Ele comemorou a aprovação de sete propostas e destacou que no segundo semestre legislativo a comissão dará continuidade ao debate no que ele classifica como ‘reconstrução no modo de fazer política’.

“A comissão funcionou. Muita gente já tinha jogado a toalha, achando que não sairia nada do ponto de vista da reforma política. Nós resolvemos trabalhar temas que entendemos ter substância, são importantes e que podem ajudar a moralizar a atividade partidária, além de melhorar a transparência na política”, falou.

Para o senador, o Congresso Nacional precisa reduzir os custos das campanhas eleitorais. Ele afirma que as eleições brasileiras não podem ser uma Hollywood.

“É preciso acabar com a história de gastar tanto dinheiro com cabo eleitoral, que é uma maneira disfarçada de comprar voto. São R$ 750 milhões oficialmente declarados só na campanha do ano passado com o pagamento de cabo eleitoral. R$ 130 milhões foram oficialmente usados com o aluguel do carro de som. Vira uma corrida maluca de quem gasta mais. Tudo isso nós queremos proibir. Reduzir o tempo das campanhas sem prejuízo dos debates. As eleições brasileiras não podem ser uma Hollywood”, defende.

Quanto à participação de juízes e promotores em campanhas eleitorais, o líder político salientou que a comissão está debatendo o assunto de forma criteriosa.

“Estamos tentando regulamentar essa história de juiz e promotor que querem participar da eleição. Hoje eles vão às convenções e viram candidatos da noite para o dia. Esses profissionais precisam ter isenção, porque são eles que nos julgam”, disse ao frisar ainda que o Senado não está fazendo nenhuma ação contra as duas categorias.

Em relação às propostas vindas da Câmara, Viana frisou que a comissão poderá levar as propostas aprovadas direto para o Plenário para que os senadores possam apreciar.

“Há, porém, muitas propostas que vieram da Câmara e já estão bem ajustadas ao que pensamos no Senado. Elas serão bem recepcionadas. Da mesma maneira, esperamos que projetos votados pelos senadores possam ser bem recebidos na Câmara. Esse é um processo delicado e eu, como presidente da comissão, tenho a obrigação de criar um ambiente para que a gente vote a reforma política”.

 

A Gazeta do Acre: