O líder do governo na Assembleia Legislativa (Aleac), deputado Daniel Zen (PT), voltou a comentar sobre a greve dos servidores da Educação Estadual. Fazendo referência aos discursos da oposição, o parlamentar, em sua página no Facebook, afirmou estar disposto a pagar o preço de “tratar as coisas com responsabilidade” e ressaltou que seus pronunciamentos não são para agradar e sim mostrar os fatos.
“Diferente de meus colegas da oposição, não vendo facilidades, não faço discurso fácil para agradar e nem ‘jogo pra galera’. Se ser atacado com termos ofensivos for o preço a se pagar por tratar as coisas com responsabilidade, estou disposto a pagar por isso”.
Ele lembrou que antes de se deflagrar uma greve, o ideal seria esgotar todas as possibilidades de diálogo.
“Aqui no Acre sempre houve uma tradição cumprida de forma quase litúrgica: primeiro, esgotava-se todas as possibilidades de diálogo e de construção de consenso para, somente após, em caso de insucesso, decidir-se sobre a deflagração de uma greve. Desde 2013, houve uma inversão nessa lógica: primeiro deflagra-se a greve para depois se tentar negociar. Isso pode até funcionar em outros lugares do Brasil, mas aqui nunca funcionou”.
Ele citou o exemplo dos delegados de polícia, que na semana passada obtiveram reajuste salarial. Segundo ele, esse resultado só foi possível devido à consciência de que o diálogo é importante.
“Em 2013, enquanto a Aleac aprovava os projetos de lei decorrentes dos acordos celebrados entre o Governo e as diferentes categorias de servidores públicos estaduais – incluindo a Educação – os delegados pediram para que o PL deles não fosse votado, visando um melhor amadurecimento do acordo. De igual forma, entenderam quando este mesmo acordo de 2013 não pôde ser votado no ano seguinte de 2014, em virtude do momento de retração econômica. Agora, após longa espera, conquistaram uma importante vitória. A vitória da negociação e do diálogo”.
O líder do governo destaca que no caso da Educação, o prazo de espera seria apenas de dois meses. Ele acredita que dessa forma seria possível encontrar uma resolução para o problema.
“No caso da Educação, o que o Governo solicita é um prazo de dois meses – até setembro – para que se tenha maior segurança quanto às previsões de receitas para o ano de 2016, visando à celebração de acordo que não comprometa a saúde financeira do Estado”.
Por fim, Zen sugeriu que a Comissão de Orçamento e Finanças da Aleac, juntamente com a Comissão de Educação e o presidente do parlamento estadual, deputado Ney Amorim (PT), possam estar mediando as reuniões do Governo com o Comando de Greve, a fim de que “os dados fornecidos pelo Estado, disponíveis nos Portais de Transparência, possam ser interpretados segundo a melhor técnica contábil”, finalizou.