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Professores estaduais seguem em greve e governo reafirma estar aberto ao diálogo

“Não tiro as razões de os professores estarem em greve. Todos têm direito. Penso, apenas, naqueles alunos que terão de fazer o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] e ficarão sem aulas, e os que ficarão em sala de aula por muito tempo. Mas é válido”. As palavras do estudante Matheus Ricardo, de 15 anos, refletem a situação da greve dos professores estaduais, em andamento desde o último dia 17 de junho. Segundo informações da Secretaria de Estado de Esporte e Educação [SEE], 7% das escolas de ensino público estão paradas.

Durante a manhã de ontem, 13, os professores optaram por manter a paralisação, durante manifesto realizado em frente à Casa Rosada. Segundo a presidente do Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (Sinproacre), Alcilene Gurgel, a categoria lançou proposta para que o governo pagasse 50% da Vantagem do Prêmio de Valorização Profissional (VPVP). “Estamos pedindo que se faça um esforço e pague pelo menos a metade em outubro deste ano”, complementou.

Também na manhã de ontem, 13, o secretário de Estado de Educação, Marco Brandão, realizou uma coletiva de imprensa para apontar o posicionamento do governo diante da situação. O gestor indicou que não há possibilidade de reajuste e sugeriu, inclusive, que fosse estabelecido um grupo de trabalho composto por pessoas de sindicatos e do governo para verificar a condição econômica estadual. “83% das escolas na capital estão funcionando, 7%, estão paradas e, 10%, funcionando parcialmente. A situação dos municípios é semelhante, e 80% das escolas estão funcionando. Vale ressaltar que 89% da nossa receita é para pagamento, de modo que os nossos gastos mensais extrapolam os R$ 600 milhões”, disse.

Brandão afirmou que as negociações continuam. “Estamos propensos a entrar em acordo. Pedimos a suspensão da greve por uma questão de responsabilidade com os alunos e ficamos ao aguardo dos sindicatos para que acenem de forma positiva”, comentou, ressaltando que não adianta o governo prometer pactos que não podem ser cumpridos. “Como já aconteceu em governos anteriores”, finalizou.

 

Secretário de Estado de Educação, Marco Brandão(Fotos: Odair Leal/A GAZETA)
Secretário de Estado de Educação, Marco Brandão(Fotos: Odair Leal/A GAZETA)
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