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Pronatec e Uninorte formam primeira turma de técnicos em reabilitação de dependentes químicos do Acre

 A primeira turma do Acre de técnicos em reabilitação de dependentes químicos é composta por 33 alunos. O curso é uma parceria entre o Pronatec e Uninorte, a cerimônia de formatura acontecerá ainda esse ano, no mês de dezembro. O curso visa capacitar profissionais para trabalhar na reabilitação de dependentes químicos no Estado.

Na região Norte apenas dois estados oferecem esse curso técnico, são eles: Pará e Rondônia. A professora Ana Paula Couto destaca a importância desse novo curso para o Estado. “Nosso Estado tem muitos dependentes químicos, e nas clínicas de reabilitação eles contratam apenas enfermeiros e psicólogos. Outros estados já possuem esses técnicos, é um trabalho especializado”, explicou.

O curso tem a duração de um ano e oito meses. Além de estudos teóricos, os alunos fizeram visitas técnicas, por exemplo, na Polícia Federal e na clínica de reabilitação do estado, participaram de palestras e conheceram algumas unidades de saúde.

A assistente social e técnica de enfermagem, Carmem Charife, destaca as visitas realizadas durante o curso. Para ela, alguns tratamentos oferecidos são inadequados. “Por exemplo, no Osmac, ali não é lugar para dependente químico, mas alguns têm que ir pra lá, pois estão numa extrema dependência, completamente transtornados. Eu acho que eles deveriam estar numa clínica, após dar entrada no pronto-socorro serem encaminhados para uma clínica especializada”, disse.

“Parei de tratar ele como coitadinho e passei a trata-lo com um doente”

A técnica de enfermagem, Roberta Araújo, conta que procurou o curso por um problema pessoal. Ela diz que seu irmão é dependente químico há 24 anos. “Ele começou com 12 anos e hoje está com 36. Já passou por todas as clínicas de Rio Branco, mas sempre tem uma recaída”, relatou.

Roberta Araújo avalia positivamente a nova experiência, ela explicou que aprendeu muito no decorrer do curso, principalmente como lidar em algumas situações. “Ficamos muito vulnerável, muito fragilizada, então nós sedemos muito. Eu criei uma postura, a do não, levando pela parte técnica nós vemos que podemos tratar sim, de outra forma. Com meu irmão, eu deixei de ver ele como coitadinha e passei a ver ele como doente, pois hoje a droga é um problema de saúde pública. A droga é uma doença”, contou a técnica de enfermagem.

Feira de combate às drogas

Os acadêmicos do curso técnico vão realizar uma feira de combate às drogas, no próximo dia 14 de agosto, na Uninorte. O tema do evento é “Acolha seu filho antes que a droga o adote”, entre os parceiros do evento estão a Polícia Militar, Polícia Federal e o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd).

FOTO CEDIDA (3)

 

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