O caminhoneiro Alexan Guilherme afirma que não pretender voltar ao Acre após passar por tantos problemas com a greve da Superintendência da Zona Franca de Manaus no Acre (Suframa/AC). Em Rio Branco desde a segunda-feira, 6, o profissional, carreteiro a mais de 20 anos, está morando temporariamente com a família no pátio da instituição, e não imagina quando deixará o local.
A greve dos funcionários da Suframa já se estende há 54 dias, segundo informações do Sindicado dos Funcionários da Suframa (Sindframa). De acordo com vice-presidente do sindicato, Renato Santos, uma reunião foi realizada em Manaus e, após quatro horas, a situação da paralisação foi adiada mais uma vez, com análise de veto prevista para agosto.
“Não houve nenhum resultado, estávamos esperançosos que a greve se encerrasse na segunda-feira. Ficaram apenas nas promessas. O governo, mais uma vez, está tratando com descaso a categoria e não está finalizando nenhum acordo”, complementa Santos, acrescentando que, na manhã de ontem, 11 carretas foram atendidas.
Os caminhoneiros falam, porém, que mais de 80 veículos estão à espera de atendimento, distribuídos em postos de gasolina nas redondezas do pátio da Suframa e no próprio local. A exemplo do carreteiro Alexan Guilherme, citado no início da matéria, o caminhoneiro Antônio Stappaeeoli também não sabe quando retornará a Cascavel, no Paraná. “Estou com uma filha de dois anos e meio, que está sentindo muito com o clima. Tenho um carregamento de fogão e cheguei no último sábado, 11. Não sei quando voltarei a minha cidade”, comenta.
A greve da Suframa tem afetado todos os Estados da Amazônia onde a instituição atua. No Acre, a situação é amena, já que houve uma conversa com instituições de âmbito comercial para que houvesse um atendimento mais incisivo no atendimento aos caminhoneiros.