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Dirigentes sindicais assinam carta de desfiliação do Partido dos Trabalhadores

 Cerca de 16 dirigentes sindicais da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) assinaram na manhã de sexta-feira, 14, o documento de desfiliação do Partido dos Trabalhadores (PT). O desligamento é uma espécie de protesto contra a sigla e o governo do Estado, devido à ‘falta’ de diálogo com o comando grevista.

O primeiro documento de desfiliação apresentado à legenda foi o da presidente do Sinteac, Rosana Nascimento. Ela destacou que um dos motivos que a levou a tomar essa decisão foi por não concordar com a maneira como o governo do Acre procedeu em relação aos grevistas da Educação, durante as negociações para reajuste salarial.

“Como sindicalista, defendo os trabalhadores, portanto, diante dos últimos acontecimentos, não posso fazer parte de um partido que ao longo dos anos à frente do comando do Estado perdeu a sua essência e deixou de defender e lutar também pelas causas dos trabalhadores. Enquanto pessoas assim estiverem à frente do PT, eu manterei minha desfiliação”, frisou Rosana, que deixou o partido após 13 anos de filiação.

Segunda a sindicalista, militantes do interior já sinalizaram que também se desfiliarão do partido. “Inclusive, alguns vereadores do interior já demonstraram vontade de deixar o partido e estariam buscando auxílio jurídico para se desfiliarem sem ter o risco de perder os mandatos”, falou.

Questionado quanto à desfiliação dos sindicalistas, o presidente do Partido dos Trabalhadores, Ermício Sena, afirmou que a sigla lamenta o fato e que o partido estará disponível no caso dos sindicalistas desejarem se filiar novamente.

“A desfiliação do partido é algo natural, mas somos o partido do diálogo e estamos abertos para conversar sempre que algum companheiro quiser retornar para as nossas fileiras. Sempre estaremos de portas abertas e abertos ao diálogo”.

Sena lembrou que, diante da situação, a sigla segue solidária ao governo do Estado. “Existem companheiros que não aceitam e não concordam com a postura que o governo do Estado tomou e nós estamos solidários ao governador Tião Viana”, disse.

 

A Gazeta do Acre: