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Após mais de um mês em greve, segurados são os mais prejudicados

Com a greve do INSS, que já dura mais de um mês, somente as perícias anteriormente agendadas estão sendo cumpridas pelos técnicos nas agências do Acre. A categoria ainda espera propostas significativas da parte do Governo Federal. Com a paralisação em 100% das agências do Estado, o Sindsep estima que, diariamente, em torno de 300 pessoas estão deixando de ser atendidas.

Ao todo, o órgão possui sete agências e duas unidades de atendimentos, distribuídas nos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Rio Branco, Xapuri e Brasileia.

Enquanto isso, a idosa Ivanélia Sales, 77 anos, mesmo com dificuldade para caminhar, depois de sofrer um atropelamento há cerca de dois anos, foi à agência ontem acompanhada do genro na busca de informações sobre empréstimos que foram feitos em seu nome e que vem sendo descontados todos os meses em sua aposentadoria.

A idosa demonstrou revolta tanto com a greve do INSS quanto com o tratamento que vem sendo dado ao aposentado no Brasil. “O que eu fico revoltada é que um filho da gente não consegue sacar o dinheiro sem a nossa presença e um estranho consegue tirar dinheiro da nossa conta fazendo empréstimo que eu não autorizei”.

Já Andreia Lima procurava informações sobre o período de atestado médico da empresa em que trabalha e também voltou para casa frustrada.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Acre (Sindsep/AC), Ângelo Augusto, explica que o movimento tem sido positivo, principalmente, pela adesão e aceitação do público. “Transtornos estão ocorrendo, mas é a consequência da greve. O impacto está sendo positivo e a categoria está forte como nunca antes, porque todas as nossas agências estão fechadas”, acrescenta.

Telefone 135
A maioria das pessoas que não foi atendida ou tem horário agendado durante a greve, pode remarcar pelo telefone 135. Porém, em alguns casos como, por exemplo, uma perícia para deficiente físico, o atendimento só pode ser reagendado na própria agência.

Nesse caso, o jeito é esperar a greve acabar para marcar a nova data. O INSS garante que vai considerar a data de entrada, quando a pessoa fez o primeiro pedido, a primeira marcação, para que ninguém fique prejudicado.

Os segurados que possuam agendamento para atendimento em uma Agência da Previdência Social (APS) e que não sejam atendidos em razão da paralisação dos servidores terão sua data de atendimento remarcada.

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A Gazeta do Acre: