O artista plástico e escritor Enilson Amorim lança a animação em 2D “Clarinha e o Boto”. O evento acontecerá neste sábado, 22 de agosto, às 19h, na Biblioteca da Floresta. Dirigido por Amorim, o curta metragem ressalta a importância da preservação dos peixes e mananciais de águas da região. Além disso, explora algumas lendas locais.
Segundo Amorim, a animação é oriunda de um livro de literatura infantil, lançado em 2013. “A ideia de pegar os livros infantis e transformar em curta metragem é para oferecer uma alternativa para as crianças. Assim elas podem ter outro tipo de linguagem visual, conhecendo um pouco das lendas e cultura local”, disse.
Amorim destaca que a animação possui legenda na linguagem de libras, o que torna o curta mais acessível à comunidade surda. “Essa é minha quarta animação que trabalho com a linguagem de libras. Reunimos alguns profissionais, não somente da área de libras, mas também psicólogos. Até as cores da animação são discutidas e definidas com psicólogos, para agradar ao público infantil”, afirmou.
Por fim, o artista plástico falou sobre a receptividade do público quanto ao trabalho desenvolvido. “É um trabalho muito gracioso e também receptivo. O público infantil tem recebido muito bem meu trabalho, tanto os livros quanto as animações. É um trabalho que está tendo resultado, está sendo bem vendido”, concluiu.
O autor
Enilson Amorim teve um de seus trabalhos selecionados no Amazônia das Artes 2015. A animação “Mapinguari, a Lenda” foi exibida em 11 estados brasileiros. Além disso, o artista coleciona diversas premiações como, por exemplo, três prêmios de Jornalismo Chalub Leite. Ele é um dos poucos escritores acreanos que possui um trabalho voltado exclusivamente para o público infantil, desde a parte literária até animações em 2D.
Dia Internacional do Folclore
Hoje, 22 de agosto, é comemorado o Dia Internacional do Folclore. Foi nessa mesma data, no ano de 1846, que a palavra “folklore” (em inglês) foi inventada. O arqueólogo inglês William John Thoms, fez a junção de “folk” (povo, popular) com “lore” (cultura, saber) para definir fenômenos culturais típicos das culturas populares tradicionais de cada nação.
No Brasil, o Dia do Folclore foi oficializado em 17 de agosto de 1965, por meio de um decreto assinado pelo então presidente Humberto de Alencar Castelo Branco. Muitos escritores brasileiros extraem do folclore a base de sua obra. É o caso do paraibano Ariano Suassuna. Além de Mário de Andrade e Câmara Cascudo, que estão entre os folcloristas brasileiros mais notáveis.