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Empresários apostam em ser opção fora da Expoacre

Restaurante Cia do Marisco apostou em apresentações musicais alternativas ao sertanejo para atrair público. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

“Apesar da grande concentração de pessoas, não vejo vantagem em participar da Expoacre”, declara Francisco Gomes de Oliveira, proprietário de uma churrascaria e pizzaria no bairro Conquista. Com a experiência adquirida ao longo dos anos, ele apostou em ser uma opção gastronômica e de lazer para quem não gosta da badalação em torno da feira.

Francisco aponta, inclusive, que este ano está sendo atípico para o período. “Estamos percebendo que no final da noite, o movimento tem aumentado. São as pessoas que visitaram a feira, mas, que por algum motivo, não se alimentaram. E antes de voltar para casa, elas fazem uma parada para comer uma pizza”, deduz.

Quem visitou a feira, garante que pesa no bolso comer nos restaurantes, churrascarias ou pizzarias dentro do Parque de Exposições Marechal Castelo Branco. “Me assustei com os valores cobrados na parte de alimentação, apesar de ter várias opções. Visitei a feira, mas preferi comer fora parque. Saiu mais em conta para mim”, confessou a técnica em enfermagem, Raquel Oliveira.

Atuando há 20 anos no ramo alimentício e no mesmo estabelecimento, Francisco Gomes de Oliveira afirma que a Expoacre não altera o movimento diário do estabelecimento. “Abrimos no almoço e durante a noite. Se houve uma queda no número de clientes, atribuo à crise econômica que atinge a todos, inclusive a mim”, declara.

Segundo ele, já houve oportunidade de levar o negócio para a feira, mas preferiu apostar na tradição e na fidelidade dos clientes. “Quando contabilizei o investimento que teria que fazer para ir pro Parque de Exposição, percebi que sairia muito caro e o risco de não obter lucro era grande. Então, eu preferi ficar no meu cantinho mesmo”, revela.

A proprietária do restaurante Cia do Marisco, Roberta Rocha, explica que participar da Expoacre nunca foi pretensão da direção do estabelecimento. “Nossa intenção sempre foi oferecer uma opção de lazer com qualidade para quem não gosta desse tipo de evento”.

Criatividade e bom gosto foram as chaves para atrair o público durante as noites de Expoacre, aponta Roberta. “Nos dias de show sertanejo nacional, apostamos em atrações de rock. Geralmente, esse público não gosta muito de Luan Santana e Lucas Lucco, e tivemos resultado positivo. Além disso, temos uma programação diversificada para atender a públicos diferenciados”, destaca.

Ela, assim como Francisco Gomes de Oliveira, atribui uma pequena redução no movimento neste período à crise financeira enfrentada pelo País.

“Percebemos que, durante a Expoacre, faltava uma opção para aqueles que não gostam do clima da feira. Trabalhamos para oferecer o melhor da culinária, atendimento e satisfação do cliente em qualquer época do ano”, aponta Roberta Rocha.

De acordo com a universitária Pâmela Mendonça, a cidade agora dispõe de alternativas para o lazer em tempos de Expoacre. “Não faz muito tempo que durante a feira não tínhamos outra opção a não ser o Parque de Exposição”, lembrou a universitária.

A Gazeta do Acre: