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Servidores federais em greve promovem ato no Senadinho

Ufac está de greve desde maio, professores e técnicos reivindicam melhores condições de trabalho. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

Servidores federais em greve realizaram um ato público na manhã de quinta-feira, 27, no Senadinho, em Rio Branco. Organizado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinesefe), a intenção é dar um basta ao que chama de descaso do governo com as categorias que pedem qualidade na educação há alguns meses.

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social no Acre (INSS) também aderiram ao movimento. Segundo o professor Luiz Eduardo Barreto, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac) está em greve desde 13 de julho e, até agora, nada foi resolvido.

“Marcamos esse ato na praça para dizer um basta a esse descaso com a educação federal, nossos salários estão defasados, o que está minando nosso poder de compra. Estamos sem campus e ainda houve corte no orçamento da Educação. Isso tem impactado na qualidade do ensino, inclusive tem colegas nossos que não tem apagador e giz para ministrar suas aulas, devido à essa contingência de recursos”, denuncia o servidor.

Se para a categoria do Ifac não houve qualquer resolução mesmo com a greve, para os servidores do INSS, o governo chegou a apresentar uma proposta para o fim o movimento da categoria, deflagrada no dia 10 de julho. A proposta está em discussão, mas não atende as demandas dos servidores.

“Apresentaram um reajuste de 21% em quatro anos, hoje reivindicamos 27%, com base no índice da inflação e também algumas demandas específicas nossas. Queremos concurso público, qualidade estruturais, reposição salarial e outras melhorias específicas”, explicou o representante do comando de greve, Imairo de Oliveira. Os atendimentos estão suspensos no órgão desde o dia 10 de julho.

O presidente do comando de greve da Ufac, Manoel Cavalcante, detalhou que os cortes feitos à educação, chegaram até maio deste ano, a R$ 9,42 bilhões. Tantos os professores como os técnicos estão em greve desde o dia 29 de maio, no campus de Rio Branco e em Cruzeiro do Sul.

“O que a gente quer é a garantia dos direitos para termos serviços públicos de qualidade. Algumas universidades não têm dinheiro para pagar a luz elétrica. A universidade pública está às moscas e é preciso que se lute para se reverter isso. Nossa indignação é contra a política do governo de cortar recursos púbicos”, pontua Cavalcante.

Além disso, a categoria pede melhores condições de trabalho e valorização salarial. Os docentes são contra o risco da contratação de profissionais terceirizados e defendem a autonomia da instituição.

Os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) também estiveram na manifestação para reivindicar melhorias na qualidade do serviço no Acre. A categoria não está em greve.

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