O vice-presidente do Senado da República, Jorge Viana (PT-AC) comemorou os dois anos do programa Mais Médicos. Na ocasião, o parlamentar citou a necessidade de se recriar uma contribuição com a finalidade de financiar o setor de saúde, especialmente nas prefeituras.
Segundo o senador, a falta de dinheiro tem sido um problema sério e que tem afetado diretamente o setor, gerando consequências negativas no atendimento à sociedade. Ele frisou que a situação ficou mais delicada após a extinção do CPMF, pelo Congresso Nacional, cuja arrecadação era destinada ao setor.
“Acho que o país não vai a lugar nenhum enquanto não encontrar o financiamento para a saúde. E se não é a CPMF, tem que ser algo muito parecido com ela. Algo que todo mundo dê a sua parcela de contribuição. E aquilo era tão genial, que quem tem mais, pagava mais, quem tem menos, pagava bem pouquinho. Nada mais justo, nada mais adequado. Acho lamentável, porque poucos têm coragem de falar sobre isso. Mas eu acho que chegou a ser criminoso o embate político pondo fim à CPMF sem por algo no lugar”, afirmou.
Em relação ao Mais Médicos, o senador salientou que o programa tem alto percentual de aprovação pela sociedade.
“Os profissionais contratados atendem 60 milhões de brasileiros e, por atender a um interesse público, especialmente num setor sensível como é a saúde, o programa tem alto percentual de aprovação da sociedade brasileira”, falou.
Por fim, Jorge Viana acrescentou que o acesso à saúde é um assunto que preocupa pessoas em todo o mundo. Ele citou como exemplo a dificuldade enfrentada neste setor pelos Estados Unidos.
“O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por exemplo, há oito anos tenta implementar um programa de saúde para beneficiar 50 milhões de americanos que não têm acesso à assistência à saúde”.