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Planos de saúde para idosos crescem 5,2% este ano no Acre

Em 2015, os planos de saúde para pessoas com mais de 80 anos cresceram 5,2% no Acre, um dos Estados brasileiros que apresentaram crescimento nessa faixa etária. O maior crescimento da Região Norte e acima da média nacional ocorreu no Amazonas. Para o setor, a evolução no número de beneficiários de planos médicos demonstra que este é um nicho a ser explorado e algumas empresas até criam atrativos para este público.

Os dados são da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e apontam crescimentos expressivos no número de octogenários entre os beneficiários no setor, de junho de 2014 até junho deste ano. Comparando junho de 2015 com igual período do ano passado, a adesão geral aos planos de saúde creseu 2,2% no Acre, uma das menores taxas.

Ainda de acordo com a FenaSaúde, o Estado com a maior taxa de cobertura de planos do país é São Paulo, onde 43% da população possui assistência médica. Neste Estado, onde há uma forte participação da iniciativa privada no atendimento à saúde da população, o gasto público com saúde é de R$ 346,00 per capita – comparativamente baixo se relacionado ao investimento público com saúde no Acre, que supera os R$700,00. Por outro lado, o Estado do Acre tem uma das menores taxas de cobertura de planos de saúde do país: apenas 6% da população do Estado possui assistência privada

Além do Amazonas, os Estados de Roraima (12%) Tocantins (10,5%), Rondônia (8,7%),e Pará (7,6%) apresentaram alta nesta faixa etária. Para comparar, a evolução no País foi de 5,4%.

Na avaliação da FenaSaúde, o mercado de saúde, cujo serviço público domina nessa faixa etária, está em plena expansãoDe acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os idosos já representam mais de 13% da população. Um total de mais 26 milhões de pessoas com 60 anos ou mais.

Para 2060, é esperado que esse percentual chegue a mais de 34% da população. Além disso, o aumento da expectativa de vida, que em 2000 era 69 anos, em 2014 saltou para 75 e a projeção para 2060 é de 81 anos.

Os reajustes dos preços de planos de saúde por faixa etária seguem normas estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e pelo Estatuto do Idoso.

Os cálculos têm como base regras estatísticas, onde cada operadora de saúde baliza a frequência de utilização e o custo médio dos serviços de saúde da carteira de beneficiários que gerencia. Desde 2004, com a criação do Estatuto do Idoso, foi vedado o aumento de mensalidade por faixa etária para pessoas a partir dos 59 anos.

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