Dando continuidade à rodada de entrevistas com os parlamentares estaduais, o jornal A GAZETA conversou nesta semana com o deputado pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), Jesus Sérgio. Ele fez uma avaliação de seu mandato, bem como suas propostas que tramitam no parlamento estadual.
Considerado um dos mais participativos na Assembleia Legislativa do Acre, Jesus Sérgio destaca que sua atuação parlamentar tem sido pautada principalmente em projetos de interesse do Acre.
“Nesses seis primeiros meses, procurei desempenhar um trabalho voltado aos acreanos. Sinto-me honrado em poder servir à população. Um mandato tem o poder de mudar nossa forma de encarar o mundo. Os problemas estão aí para serem resolvidos. Nem sempre podemos resolver todos, mas fica válido o esforço e a vontade de ajudar”.
Quanto aos trabalhos desenvolvidos dentro das comissões da Casa legislativa, o deputado afirma que o semestre foi produtivo.
“Considero positivo, pois todas as proposições apresentadas pelo governo e pelos deputados foram debatidas exaustivamente dentro das comissões para, então, serem levadas à votação. Também recebemos todos aqueles que procuraram a Assembleia em busca de soluções diante de problemas e ou dos conflitos”.
Como presidente da Comissão de Obras Públicas da Aleac, uma das preocupações do deputado no momento diz respeito à BR-364. Para ele, é fundamental que o Poder Legislativo e Executivo estejam em sintonia para buscar uma solução ao problema.
“Tenho dialogado com o Dnit e o Governo do Estado e as providências já estão sendo tomadas. O governo trouxe um diretor do Dnit nacional, que fez uma visita à BR-364 e disse que estão trabalhando um projeto de reconstrução da BR”, disse.
A GAZETA – Qual avalia-ção o senhor faz desses seis meses de mandato?
Jesus Sérgio – Apesar de ser meu primeiro mandato como deputado estadual, avalio de forma positiva, tendo em vista que nesses seis meses procurei desempenhar um trabalho voltado aos acreanos. Sinto-me honrado em poder servir à população. Um mandato tem o poder de mudar nossa forma de encarar o mundo. Os problemas estão aí para serem resolvidos, nem sempre podemos resolver todos, mas fica valido o esforço e a vontade de ajudar. Creio que a essência da política é não enxergar nela um degrau para ascender, mas sim como uma ferramenta poderosa em defesa dos menos favorecidos e será dessa forma que irei cumprir até o último dia do mandato que me foi confiado.
A GAZETA – O senhor é considerado um dos deputados mais atuantes nesta legislatura. Fale um pouco de suas principais bandeiras de luta no parlamento estadual.
J. S. – São muitas as necessidade da população, especialmente daquelas menos assistidas como, por exemplo, a população dos municípios mais distantes da Regional Tarauacá-Envira. É de lá que eu vim, do seringal, conheço bem a realidade desse povo sofrido porque vivi esses problemas e sei que os avanços ainda são lentos. Muitas são as reivindicações, seja na saúde, educação, segurança ou até mesmo no acesso a direitos básicos de uma pessoa ou de uma comunidade, por isso tenho emprestado meu total apoio – enquanto deputado – e tenho buscado agir como um intermediador frente ao problema visando uma solução dentro do que é possível à luz da legalidade. Quando preciso vou em busca de uma alternativa, me reúno com gestores, peço apoio, ajuda, enfim tento representar não somente quem me elegeu, mas a população acreana de um modo geral.
A GAZETA – Como o senhor avalia os trabalhos nas comissões da Aleac?
J. S. – Considero positivo, pois todas as proposições apresentadas pelo governo e pelos deputados foram debatidas exaustivamente dentro das comissões para então ser levada a votação. Também recebemos todos aqueles que procuraram a Assembleia em busca de soluções para diante de problemas e ou dos conflitos.
A GAZETA – O senhor apresentou um projeto de lei que visa adequar o uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula. O que o motivou a apresentar esse projeto?
J. S. – Sou professor há 20 anos, na escola é usado um contrato didático que trata do assunto, precisamos apenas regularizar. O uso desordenado do aparelho celular na sua maioria aliada à alta tecnologia e a internet tem sido apontado em estudos e pesquisas internacionais como fator que impede o bom desempenho escolar e concentração do estudante durante os conteúdos ministrados na sala de aula. Estudos já comprovam essa afirmativa, por meio de medidas restritivas e avaliações antes e depois da restrição do uso por estudante, onde ficou comprovado o bom desempenho e concentração desses estudantes que deixaram de manusear de forma desordenada o aparelho celular na sala de aula.
A GAZETA – Já houve alguma conversa entre o parlamento e os diretores de escolas para tratar sobre o assunto?
J. S. – Sim, no parlamento a maioria é a favor da lei. No entanto, as comissões ainda estão analisando e cabe a eles visitarem as escolas, a fim de discutir com a comunidade escolar e colher opiniões de todos: Professores, pais e alunos. Inclusive, no mesmo mês em que foi apresentado o PL, foi também solicitado que a Aleac promovesse uma audiência para debater o tema proposto, que deve ocorrer ainda no segundo semestre deste ano.
A GAZETA – Caso aprovado e sancionado, como o parlamento pretende fiscalizar essa questão?
J. S. – Caso aprovado, enviaremos para a secretaria de educação para que a mesma faça circular nas escolas e estaremos divulgando amplamente nas mídias, a fim de esclarecer os principais pontos da Lei para que evitar qualquer má interpretação, uma vez que a proposta vem para regularizar o uso de aparelhos celulares no ambiente escolar e, com isso, diminuir os prejuízos e interferências no aprendizado.
A GAZETA – Essa semana o senhor demonstrou preocupação quanto à situação da BR-364, especialmente no trecho que liga Tarauacá a Cruzeiro do Sul. Como a Comissão de Obras Públicas, Transporte e Comunicação da Aleac, da qual o senhor é presidente, irá trabalhar essa questão?
J. S. – Tenho dialogado com o Dnit e o Governo do Estado e as providências já estão sendo tomadas. O governo trouxe um diretor do Dnit nacional que fizeram uma visita a BR-364 e estão trabalhando um projeto de reconstrução da BR. No momento estou fiscalizando semanalmente – como presidente da Comissão de Obras Públicas da Aleac – e levando às informações ao Dnit, cobrando providências. Na última visita, fui informado pelos trabalhadores que as empresas ainda não receberam pelos trabalhos feitos, por isso não podem ampliar a frente de trabalho de recuperação. Diante dessa situação estarei cobrando do Dnit.
A GAZETA – Havendo a possibilidade da BR-364 ficar intrafegável, como o Legislativo poderia ajudar os donos das balsas, haja vista que muitos se desfizeram delas em decorrência da estrada.
J. S. – Não podemos trabalhar com essa hipótese, da BR-364 fechar, temos que fazer de tudo para que isso não aconteça, tendo em vista uma série de situações desagradáveis que ocorrerão com os acreanos que residem às margens da BR-364, como o desabastecimento. É momento de unirmos forças para que os trabalhos avancem em todas as frentes, precisamos aproveitar o período do verão.