X

Nicolau Júnior destaca que o Partido Progressista vive novo momento no Estado

Dando continuidade à rodada de entrevistas com os deputado estaduais, o entrevistado desta semana no jornal A GAZETA é o progressista Nicolau Junior (PP). O parlamentar faz uma avaliação de seu mandato, bem como suas propostas que tramitam no parlamento estadual. Ele falou ainda sobre as expectativas para o 2º semestre legislativo

Natural de Cruzeiro do Sul, Nicolau é o mais jovem deputado desta legislatura. Embora esteja em seu primeiro mandato, esta foi a segunda eleição dele. Em 2010 ficou como primeiro suplente do PP e deixou de assumir o mandato por 45 votos.

Em uma autoavaliação, ele destaca que seu mandato tem sido pautado principalmente em projetos de interesse do Acre. “Tenho visitado todas as minhas bases (…) conversado com a população, anotado suas reivindicações para embasar nosso trabalho na Aleac e aproximar cada vez mais o nosso mandato de quem realmente precisa”.

Nicolau fala, ainda, sobre as eleições municipais. Ele afirma que o Partido Progressista vive um novo momento de crescimento no Estado. Ele conta que aproveitou o recesso na Aleac para visitar o interior do Estado buscando o fortalecimento da legenda.

“O PP é uma sigla de tradição. No Acre vivemos um momento de muitas adesões e devemos intensificar esse trabalho por todo o interior”, disse.

A GAZETA – Quais as expectativas para este 2º semestre legislativo?
Nicolau Junior – De mais trabalho. O 1º semestre serviu para adquirirmos experiência. Fui eleito pelo Partido Progressista como o deputado estadual mais novo do Estado e quarto secretário da Mesa Diretora, função que me ajudou muito a conhecer como funciona o trabalho legislativo. Andei muito pelo Acre, conhecendo de perto os 22 municípios e, neste 2º semestre, com certeza, estarei mais focado em debater as saídas para o desenvolvimento do nosso Estado.

A GAZETA – Como o senhor avalia as atividades no 1º semestre no parlamento estadual?
N. J. – O parlamento mudou muito na gestão do presidente Ney Amorim. Observe que o trabalho das Comissões é mais produtivo. Tive a oportunidade de participar como vice-presidente da Comissão de Educação que elaborou o Plano Estadual de Educação para os próximos 10 anos, enfim, tivemos um parlamento mais próximo das comunidades. Indiquei ao Governo do Estado a criação de uma delegacia especializada em crimes contra menores. Foi meu o requerimento que convoca o Dnit para explicar no parlamento quais e quando serão as etapas de reconstrução da BR-364. Foi um semestre muito produtivo.

A GAZETA – Quanto ao seu mandato, o que o senhor destacaria do 1º  semestre?
N. J. – Fui eleito praticamente pelo povo do Juruá, mas tenho procurado estar presente nos 22 municípios do Estado. A Assembleia fez um trabalho inédito esse ano de ajuda às populações que sofreram com a cheia do Rio Acre e dos rios Tarauacá e Envira. Estar próximo desse povo, no momento mais difícil foi muito marcante. Foram toneladas de alimentos distribuídos em todas as cidades. Acompanhei o ministro Gilberto Occhi nas visitas técnicas às cidades de Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri e em Brasília, estive em audiência no seu gabinete, buscando ajuda emergencial para essas famílias. Creio que isso foi muito marcante e quero parabenizar o trabalho da Mesa Diretora da Aleac.

A GAZETA – Fale um pouco sobre sua atuação no Vale do Juruá, sua principal base eleitoral.
N. J. – Eu tenho visitado todas as minhas bases. Este fim de semana, por exemplo, estive visitando as regiões da Foz do Breu e o Seringal Restauração, além dos municípios de Marechal Thaumaturgo e Porto Walter. Voltamos, como disse no início, a essas regiões, conversando com a população, anotando suas reivindicações para embasar nosso trabalho na Assembleia Legislativa do Acre e aproximar cada vez mais o nosso mandato de quem realmente precisa.

A GAZETA – Recentemente o senhor afirmou que o PP vive um novo momento, com novas adesões, principalmente no interior.  Co-mo tem sido desenvolvido este trabalho?
N. J. – Esse é um trabalho que o senador Gladson Cameli (PP/AC) tem sido o grande líder. Ele tem nos incentivado e cobrado muito, a estabelecer em todo o Estado uma nova estrutura de partido. Temos conseguido muitas adesões. Digo que existe uma onda pró-Gladson Cameli e com a experiência do nosso presidente regional, José Bestene, temos caído em campo e buscado o fortalecimento do partido. Estou responsável pela região do Juruá, onde trouxemos recentemente, a adesão do ex-comunista, Zequinha Lima, que é uma referência política na nossa região e que vai nos ajudar muito nesse novo momento do PP em todo o Estado.

A GAZETA – O PP pretende lançar candidatos ao Executivo municipal nas próximas eleições? Como o partido vem se preparando?
N. J. – Temos afinado um discurso de candidatura única nos 22 municípios do Estado, mas isso não significa que não façamos o dever de casa, ou seja, de fortalecer o nosso partido. Eu sou 100% PP, esse partido está no meu sangue, me identifiquei muito com a ideologia e a democracia passada pelo nosso senador e temos conversado muito no sentido de apoiar na reta final, o melhor nome da oposição em cada cidade. Se o melhor for do PP, com certeza esse será o nosso candidato.

A GAZETA – O senhor é a favor de uma candidatura única da oposição na capital acreana?
N. J. – Não somente na Capital, mas em todos os outros municípios. Os números das eleições passadas mostram que se a oposição continuar dividida, com duas ou três candidaturas, nada, nada e morre na praia.

A GAZETA – Recentemente alguns líderes políticos do PSDB sinalizaram o desejo de se filiar ao PP. O senhor acredita que isso possa trazer romper a aliança entre as duas siglas?
N. J. – O senador Gladson Cameli e o deputado federal major Rocha têm conversado muito em Brasília. É melhor que as lideranças insatisfeitas dentro da oposição, migrem para a própria oposição do que para a situação. As rusgas são comuns nesse processo, mas acredito muito no diálogo e no amadurecimento político de nossas lideranças.

A GAZETA – Ao longo da última semana o senhor comentou sobre as problemáticas da BR-364, que liga Cruzeiro do Sul à Capital. Como seu mandato tem trabalho nessa questão?
N. J. – Essa é a nossa maior preocupação no momento. Temos buscado ajuda com a força dos nossos senadores em Brasília para que o sonho de integração não seja interrompido depois de tanto tempo de conquista de trafegabilidade de inverno a verão. Tenho dito, só sabe a importância dessa rodovia quem depende dela todos os dias, como depende o nosso povo do Juruá. Eu aqui e o senador Gladson Cameli em Brasília, vamos continuar buscando recursos para sua recuperação. A BR-364 não pertence a nenhum grupo político, mas ao povo do Acre.

A Gazeta do Acre: