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Professores deixam as ruas para protestar na Aleac

 Os professores que ainda encorpam o movimento de greve que já dura quase dois meses, logo nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 11, ocuparam as cadeiras da galeria da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Aos berros, os grevistas insultavam os deputados e o governo, por não atenderem as reivindicações da categoria.

Enquanto isso, escola tidas como referência na greve, como o Colégio Barão do Rio Branco (Cerb) voltavam às aulas normais, na tentativa de recuperar o período perdido com o movimento. Por ser uma escola que atende o público que vai fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que será realizado em 24 e 25 de outubro. Pelo menos motivo, outras escolas resolveram abandonar o movimento.

Na Aleac, os deputados da base aliada do governo são os alvos dos manifestantes, que com cartazes e gritos de ordem chamavam a atenção dos parlamentares quanto à forma radical com que o governo vem tratando a categoria.

O movimento foi reforçado depois que o governo anunciou que os professores provisórios e com contratos temporários seriam “substituídos” pelos aprovados em um novo processo seletivo. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) destaca que vai recorrer à Justiça para evitar as demissões.

Para esta quarta-feira, 12, a categoria promete um acampamento nas dependências da Assembleia para pressionar os deputados para a abertura de uma nova rodada de negociação com o governo estadual.

Os professores estão em greve desde o dia 17 de junho. A categoria reivindica 25% de reajuste salarial, pagamento do Programa de Valorização Profissional (VDP) e do piso nacional para os outros servidores de escola. Além disso, quer um aumento de 20% sobre o piso e realização de concurso público para cargos efetivos.

O governo do Estado alega que não pode se comprometer com o atendimento de qualquer reivindicação que cause impacto financeiro para este ano, em decorrência da crise econômica enfrentada pela ausência de arrecadação de tributos e nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

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Foto
Fotos:Odair Leal/ A GAZETA
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