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Senador sugere audiência pública para tratar sobre preços de transporte aéreo na Amazônia

Visando debater o alto custo e a má qualidade dos serviços de transporte aéreo na região Norte, o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC) propôs a realização de uma audiência pública. O requerimento foi aprovado pela casa legislativa na manhã de ontem, 18. Na ocasião, serão convocados para prestar esclarecimento as companhias aéreas TAM, GOL e Azul.

Jorge Viana salientou que por se tratar da “única possibilidade de integração com o país”, as companhias aéreas deveriam apresentar valores mais acessíveis a realidade da comunidade.

“A passagem mais barata e apenas de ida ao Acre custa entre R$ 1.500 e R$ 1700, em levantamento que fizemos. No mesmo período, constatamos que é mais barato uma ida e volta para Tóquio do que uma ida para o estado do Acre”, disse.

Para o senador, é inaceitável que um serviço de primeira necessidade para os brasileiros, especialmente os que vivem na Amazônia, paguem tão caro, ainda recebendo um serviço de qualidade tão baixa.

“É inadmissível que a população brasileira tenha seu direito constitucional de ir e vir cerceado pelo preço abusivo das passagens aéreas. Queremos que eles expliquem o porquê, do ponto de vista da aviação, nós somos tratados como brasileiros de segunda classe. Para que eles expliquem porque só algumas companhias aéreas oferecem voos para Rio Branco e outras capitais da Amazônia? Porque o Acre está sempre fora de qualquer promoção que as companhias aéreas fazem?”, questionou.

Jorge lembrou que recentemente foi estabelecido um teto máximo para as passagens para Cruzeiro do Sul, mas frisou que não é o suficiente. “O preço precisa ser justo. E não só para Cruzeiro do Sul, mas para Rio Branco também, assim como outras capitais da região”, justifica.

Além dos presidentes das companhias, Jorge Viana sugere a participação de Marcelo Pacheco dos Guaranys, presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), bem como o ministro chefe da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha.

 

A Gazeta do Acre: