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O resto é “perfumaria”

De tudo o que se apresentou e foi aprovado até agora sobre a propalada Reforma Política, o que merece consideração, de fato, é a aprovação pelo Senado da emenda que proíbe o financiamento das campanhas eleitorais por empresas privadas.

O resto, como já bem disseram alguns parlamentares, não passa de “perfumaria”. Ou pior do que isso: dispositivos legais que visam manter uma legislação que acaba dando margem a todo tipo de falcatruas, como se tem assistido até agora.

Ou seja, pelo que se tem visto, não há nenhuma disposição de grande parte dos congressistas de fazer mudanças profundas na legislação.

Aliás, a sociedade, os poucos parlamentares que desejam resgatar a dignidade da atividade política e do voto precisam estar atentos e pressionar, de todas as formas, para fazer valer essa e outras emendas.

Como já se noticiava ontem, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, vai arregimentar a sua “tropa” de seguidores para derrubar essa cláusula e manter o financiamento das empresas por razões óbvias.

Como se sabe, ele e vários dos seus seguidores já foram denunciados na Operação Lava Jato, justamente, por se beneficiarem desses esquemas ilegais e imorais de financiamento empresarial.

A Gazeta do Acre: