Foram fortes os rumores sobre a possibilidade do deputado federal Alan Rick (PRB) deixar a coligação da Frente Popular do Acre. Só que, no começo da noite de ontem, após algumas costuras nos bastidores políticos, a informação mais atualizada é que o partido de Alan Rick teria desistido de ir para a oposição a nível nacional, reforçando que ele também deve se manter na base de apoio à presidente.
Os rumores começaram quando o assessor político do governo, Nepomuceno Carioca, chegou a confirmar a um site local que a decisão de não ter mais o parlamentar como aliado, em Brasília, já havia sido tomada.
Ao tomar ciência do ‘boato’, o deputado federal entrou em contato com o senador Jorge Viana (PT) para tratar sobre o assunto. O senador garantiu que antes de uma decisão final, haverá uma conversa entre Alan Rick e Tião Viana.
“Por enquanto, nada que uma boa conversa não resolva. Inclusive, está marcada ainda esta semana, em Rio Branco, um encontro entre Alan e Tião Viana que certamente vai superar essa situação e o mal-entendido. Aliás, nesse momento de crise e dificuldade precisamos estar mais juntos do que nunca”, declarou Jorge Viana.
O senador afirmou também não ser viável para o grupo político, tanto a nível estadual quanto nacional, perder um aliado. Ele disse que não há interesse da coligação em romper com o deputado federal. Os ‘panos quentes’ serviram. Alan deve ficar.
Embora Alan também tenha acenado em permanecer na Frente Popular, em Brasília, o parlamentar tem, em muitos momentos, votado contrário a orientação da coligação.
Nos bastidores da política acreana, o que se comenta é que Alan estaria disposto a manter a postura de votar de acordo com o desejo da população, mesmo que seja contrário ao da coligação. Este seria um dos motivos que teria feito o deputado a se distanciar da base aliada à presidente Dilma Rousseff, agindo de forma oposicionista.
O presidente estadual do PRB, Manoel Marcos, por sua vez, destacou que não houve nenhuma conversa oficial para tratar sobre a possível saída de Alan da FPA. “Nenhuma conversa nesse sentido foi realizada. Não adianta mandar estas coisas por notinhas de jornal. Eu quero o comunicado oficial e não partindo dele, quero que o próprio governador Tião Viana diga o que está acontecendo”, diz.