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Congresso debate políticas públicas de incentivo ao artesanato no Acre

 Mais de 300 artesãos dos 22 municípios acreanos participaram do primeiro Congresso de Artesãos do Acre, nessa segunda-feira, 21, no auditório da Livraria Paim. O evento foi uma realização do governo do Estado, por meio da Secretaria de Pequenos Negócios (Sepn), Sebrae/Ac e Artesãos da Economia Solidária.

Durante o encontro, debates sobre políticas públicas de incentivo ao artesanato, no âmbito nacional e estadual, foram discutidos, por exemplo, o projeto de lei que regulamenta a profissão de artesão e cria mecanismo de apoio e classificação. Além disso, os artesãos esclareceram as principais necessidades da categoria. Foram eleitos 22 delegados para representar o estado no 7º Congresso Nacional dos Trabalhadores Artesãos, em outubro.

Segundo o secretário da Sepn, Henry Nogueira, a pauta principal do congresso foi discutir a regulamentação da profissão. No Acre, aproximadamente R$ 4 milhões são movimentados anualmente por esses trabalhadores. “Isso é muito importante para a inclusão social, para a melhoria da qualidade de vida e a oportunidade desses profissionais que são tão importantes para nós”, disse.

Para o superintendente do Sebrae/Ac, Mâncio Lima, o congresso coincidiu com a atual campanha nacional da instituição, ‘Compre do Pequeno Negócio’: “Artesanato tem tudo haver com pequenos negócios”, afirmou. Ele conta que participou de uma feira mundial, em Milão, onde o artesanato do Brasil estava sendo representado pelo Sebrae, e cerca de 17% dos produtos nacionais estavam sendo representados pelo Acre.

“O mais importante para os artesãos é compreender que essa escolhas, para ir para Expo Milão, foram feitas através de uma procuradoria que escolheu, principalmente aqueles trabalhos que tiveram apoio do Sebrae e do governo, com relação ao designer. É fundamental que todos compreendam que o designer é que vai aumentar a possibilidade do nosso artesanato ganhar mercado”, explicou o superintendente.

Dados da Secretaria de Pequenos Negócios apontam que, durante a Expoacre 2015, o setor de artesanato vendeu mais de R$ 200 mil, ultrapassando o resultado do ano de 2014, pouco mais de R$ 110 mil.

De acordo com o prefeito, Marcus Alexandre, o evento é uma oportunidade de valorizar a produção local. “A expressão da cultura local está no seu artesanato, quando viajamos e queremos levar um pouco daquela região para sua cidade natal, você compra um artesanato. O Acre tem expressões maravilhosas de artesanato, artesanato indígena, madeira, confecções e outros”, elucidou o prefeito.

Kaxinawás e artesanato

A artesã indígena, Raimunda Kaxinawá, diz ser uma honra participar do congresso. Para ela, essa é uma oportunidade de expor as necessidades da classe. “Poder estar compartilhando com elas os nossos direitos, de espaço, de estar inseridos e todos os eventos e congressos, todas as atividades”, falou.

FOTO DIEGO GURGEL (3)

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