Após anúncio da Petrobras que o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, envasado em botijas de até 13 quilos, deve sofrer reajuste de até 15% em média, os consumidores acreanos promoveram uma verdadeira corrida para adquirir o produto antes da prática do novo valor.
Alguns comércios em Rio Branco já estão vendendo as botijas com os novos valores. Outros por ainda terem estoque o produto, ainda não reajustaram. Nos estabelecimentos pesquisados, a botija de 13kg chega a custar R$ 55 ainda sem o novo preço.
A cozinheira Maria do Rosário que possui um pequeno restaurante na frente de casa, no bairro Estação Experimental, afirma que vai repensar o valor cobrado pela marmita que venda. “Com mais esse aumento de gás, que é matéria-prima para meu trabalho, não sei se consigo segurar por muito tempo o valor da marmita. Certamente quando for trocar de botija, já comprarei com o novo valor. Infelizmente, sobra para o consumidor final”, confirmou.
O autônomo Felipe Lima confessa que já se prepara para o aumento de outros produtos e serviços, devido o reajuste do gás. “Se trata de uma reação em cadeia. O empresariado não aguenta segurar por muito tempo esse aumento e acaba passando para o consumidor, que sempre é penalizado”, confirmou.
De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigas), o preço atual médio do botijão de gás de 13 quilos é de R$ 46, valor que deverá subir de imediato, pois as empresas deverão repassar o novo valor ao consumidor.
Segundo o Sindigás, atualmente existem 99 milhões de botijões em circulação em todo o país e, a cada dia, são entregues 1,5 milhão de botijões aos consumidores brasileiros. Sete grandes empresas controlam 96% do mercado brasileiro de GLP, sendo que as quatro maiores são: Ultragaz, com 23,11% do total, Liquigas (22,61%), Supergasbras (20,58%) e Nacional Gás (19,16%).
A principal revendedora em Rio Branco, ainda não se manifestou sobre o assunto.