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Bancários negam que entrarão em greve nesta segunda-feira, 28,

Bancários negam que entrarão em greve na segunda-feira, 28. As negociações ocorrem desde agosto e nesta sexta-feira, 25, o Comando Nacional dos Bancários rejeitou de pronto na mesa de negociação a proposta apresentada pela Fenaban. Com isso, o Comando aprovou um calendário de mobilização que aponta para a deflagração de uma greve nacional por tempo indeterminado a partir de 6 outubro, com assembleias deliberativas no dia 1º.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, destaca que não existe possibilidade de greve já a partir desta segunda-feira, 28. “Os sindicatos precisam, primeiramente, levar a proposta patronal para a avaliação da categoria em assembleias”, confirmou.

A proposta apresentada pela Fenaban consistia no reajuste de apenas 5,5% (4% a menos que a inflação do período), abono salarial de R$ 2.5 mil e manutenção da PLR nos mesmos valores do ano passado.

Os bancários estão em processo negociação com a Fenaban desde a metade do mês de agosto. No calor dos debates, o movimento sindical bancária garante que não existe crise no setor bancário, pois os cinco maiores bancos tiveram mais de R$ 36 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre, um aumento de 27% em relação ao mesmo período do ano passado.

As principais reivindicações dos bancários
A pauta de reivindicações da Campanha 2015 foi definida na 17ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada entre 31 de julho e 2 de agosto, em São Paulo. As principais demandas são as seguintes:

• Reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real).

• PLR de 3 salários mais R$7.246,82 fixos.

• Piso salarial de R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

• Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (equivalente ao salário mínimo nacional).

• Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral, que adoecem os bancários.

• Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

• Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

• Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

• Igualdade de oportunidades: fim das discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

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