Em busca de informações do irmão, com quem perdeu o contato desde 2012, o engenheiro florestal, Ranieldo Morais, de 38 anos, começou uma campanha na internet. Através da divulgação de fotos e vídeos, o engenheiro espera ter notícias do irmão, Reilly de Morais, de 40 anos. Após a morte do pai, e diagnosticado com início de esquizofrenia, Reilly chegou a passar por Rondônia, Mato Grosso, Brasília, alguns estados do Nordeste, Paraná e até o Paraguai.
O engenheiro conta que, durante esses anos, ele monitorou os passos do irmão através de amigos de Reilly, pelas redes sociais. Dessa forma, a família conseguia informações dele. Sem notícias desde dezembro de 2014, Ranieldo decidiu começar uma campanha em busca de informações do irmão.
“Quando ele passou por Brasília, fiquei sabendo que ele tinha sido detido, então aproveitei uma conexão para procurá-lo. Me disseram que ele estava sendo acompanhado por um do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de lá”, relatou o engenheiro.
Segundo o irmão, Reilly costumava buscar abrigo nas universidades federais e bibliotecas dos estados por onde passava. Nesses locais, as refeições possuem um preço acessível, além de internet disponível. O engenheiro acrescentou que o último acesso do irmão foi em maio de 2015. “Ele adicionou dois amigos”, disse.
No último sábado, 26 de setembro, Ranildo recebeu a notícia de que seu irmão teria falecido. “Alguns amigos dele começaram a me ligar chorando, dizendo que ele havia morrido. Entrei em contato com o Instituto Médico Legal (IML), mandei fotos bem características, mostrando as tatuagens, o rosto, e não constava nada. A família ficou muito abalada”, contou o engenheiro.
Ranildo fala das expectativas de ter informações do Reilly, que desapareceu: “Eu sonho com ele me ligando, mandando uma mensagem, dizendo que está tudo bem. Ele falava que eu ficava “queimando” o filme dele, que ele está bem”, lembrou com saudades.
Por fim, Ranieldo afirma que as pessoas que tiverem qualquer informação sobre Reilly de Morais, podem entrar em contato pelo telefone: (68) 8403-2994 ou através da sua página no Facebook. “Nós só queremos informações dele. Agradeço a todos que estão nos ajudando, de verdade”, concluiu.