Para reivindicar mais investimento, melhorias na estrutura dos hospitais e o reconhecimento dos preceptores pelo papel desempenhado em ensinar os profissionais que estão aprendendo uma especialidade, os médicos residentes que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) no Acre estarão de braços cruzados nesta quinta-feira, 24. O movimento é nacional, mas prevê que 30% do efetivo seja mantido para atendimento nos serviços de urgência emergência.
Os médicos residentes também estão exigindo isonomia da bolsa de estudos com a bolsa ofertada no Provab e Programa Mais Médicos. De acordo com o representante dos Médicos Residentes do Estado do Acre, João Abomorad, o objetivo da paralização é reivindicar uma estrutura mínima que possa garantir o atendimento à população e a aprendizagem aos profissionais.
Durante a mobilização em Rio Branco os residentes em um ato solidário, irão doar sangue. Além de uma panfletagem para mostrar para a população os motivos da mobilização.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), José Ribamar Costa, destacou que apoia o movimento que visa a melhoria dos serviços de saúde, garantindo mais estrutura e mais qualidade de atendimento.
“O movimento dos médicos residentes é legítimo e tem o apoio do Sindmed que estará sempre ajudando os nossos futuros especialistas nessa luta pela melhoria da saúde e do ensino médico no Brasil, além de demonstrar clara valorização do preceptor, que é o responsável de ensinar os residentes”, finalizou o sindicalista.
A medida já havia sido decidida quando foi criado o Movimento Nacional de Valorização da Residência Médica, lançado pela ANMR no último dia 27 de agosto, durante o VI Fórum Nacional de Ensino Médico realizado por entidades médicas.
Desde então foi dado prazo de resposta para que o governo apresentasse respostas às nove pautas colocadas pelo movimento. Após este prazo, a avaliação da entidade é que apenas três reivindicações tiveram algum avanço, número ainda insuficiente para garantir a qualidade da Residência Médica no país.
Após a promulgação da Lei do Mais Médicos nº 12.871, de 2013, a residência médica passou por transformações que comprometem profundamente sua qualidade. A situação se agrava a cada dia quando se associa ao desmanche político da residência médica com o corte de verbas do SUS.