A presidente Dilma Rousseff (PT) se reuniu na manhã de ontem, 21, com o vice-presidente Michel Temer. A conversa girou em torno da reforma ministerial, que deve ser anunciada pelo governo até a próxima quarta-feira.
As mudanças na Esplanada dos Ministérios propostas por Dilma prevêem, além do corte de dez ministérios, a redução no número de cargos comissionados. Segundo estimativas da equipe econômica, a economia, com essas medidas, pode chegar a R$ 200 milhões.
Durante a reunião, Dilma pediu apoio de Temer e do PMDB, haja vista que com a reforma, a sigla ao qual pertence o vice perderá três das sete pastas que atualmente possui.
Recentemente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da aproximação entre Dilma e seu vice, uma vez que dessa forma poderá ser possível assegurar força política na aprovação do pacote de ajuste fiscal e para impedir o avanço dos pedidos de impeachment no Congresso.
A presidente anunciou, também, que pretende ainda esta semana encaminhar propostas ao Congresso Nacional que visam a redução de gastos e elevação da arrecadação federal. Entre as proposições está a que cria um novo imposto nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que destinará recursos para a Previdência Social.
Após a reunião com Dilma, Temer conversou com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) para debater sobre o assunto. Antes do anúncio da reforma, a presidente também conversará com Cunha.