As promoções têm sido uma saída para o empresário em tempos de crise, e os motivos dizem respeito tanto à chegada do Dia das Crianças – comemorado no próximo dia 12 de outubro -, quanto à crise econômica vivida pelo País. A avaliação é da superintendência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio/AC), e a diminuição dos preços deve evitar a geração de mais custos por produtos não vendidos.
De acordo com o superintendente da entidade, Egídio Garó, as promoções envolvem não apenas preços menores, mas condições diferenciadas e extensões de serviços agregados aos produtos ofertados. “Neste momento, o empresário precisa efetivamente girar o estoque mais rápido para poder cumprir com seus compromissos fiscais e financeiros, compromissos com seus fornecedores; e repor novamente os produtos para manter a perenidade do negócio”, explica.
O estoque a ser reposto, ainda segundo Garó, certamente será menor nos próximos meses, justamente para que o comerciante consiga trabalhar com o fluxo de caixa. Os motivos seriam pela situação econômica em que o País vive.
“Temos observado os procedimentos do Congresso [Nacional] e da Presidência a respeito das dívidas públicas, dos déficits. É um momento que se acumula desde o início do ano, com a divulgação do ajuste fiscal e aumento da taxa Selic [Sistema Especial de Liquidação e de Custódia], que subiu muito, além da restrição de crédito. O volume de empréstimo e crédito concedido foi reduzido, e o consumidor não deve pagar com juros altos por alguma coisa. Se for comprar, será à vista”, afirma Egídio Garó.
Para o superintendente, as promoções seriam uma boa estratégia para os empresários continuarem com os negócios. “De uma maneira tranquila, principalmente, para administrar suas empresas de modo mais tranquilo diante da situação do Brasil”, finaliza.