Se já não bastasse a crise econômica e política, a sociedade ainda está sendo obrigada a enfrentar uma verdadeira onda de greves tanto em serviços públicos essenciais como em particulares, que está prejudicando seriamente suas atividades.
Repetindo sempre que nada a opor a que trabalhadores de quaisquer categorias façam valer suas reivindicações por melhorias salariais e condições de trabalho, é preciso considerar, em contrapartida, que a sociedade também tem direitos que não podem ser relegados.
O que afronta esses direitos e irrita é que algumas dessas greves se prolongam por semanas, meses ou por tempo indeterminado, sem que as partes sequer abram as negociações, como está acontecendo agora com a greve dos bancários.
Já faz mais de 15 dias que a categoria decretou a paralisação em todo o país e nenhuma iniciativa foi tomada para negociar as propostas apresentadas de um lado e de outro, enquanto a população que precisa desses serviços vem sofrendo todo tipo de problemas.
Em muitos casos de pessoas mais humildes sem acesso aos meios eletrônicos, até de humilhações, como se assiste todos os dias nas portas das agências bancárias.