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ESPECIAL DE 30 ANOS: Nós fazemos A GAZETA… Você faz a nossa história

A GAZETA completa 30 anos de liderança no jornalismo acreano com programação especial

Começa a partir de hoje a programação especial de 30 anos do jornal A GAZETA, com a foto de quem faz o jornal. Será um outubro de festas. (Foto: Victor Augusto/ Acervo A GAZETA)

BRUNA LOPES

Há 30 anos circulou no Acre a primeira edição do jornal A GAZETA. Para comemorar a data, foi criada uma programação especial para agradecer aos leitores e aos colaboradores que fizeram e fazem deste matutino o mais lido e de maior credibilidade do Estado.

A diretora de marketing do veículo de Comunicação, Larissa Martinello, detalhou a programação que começou nesta sexta-feira, 2, com uma sessão de fotos com os funcionários. “As fotos serão utilizadas no jornal, site, publicidades e em VTs para televisão. Também, nesta edição começam as matérias comemorativas. Definimos alguns temas e durante todo o mês as reportagens serão veiculadas”, destacou.

Na matéria deste domingo, 3, será apresentado o início da história do jornal, ‘que cresceu junto com a própria história de desenvolvimento do Acre’, completou Larissa.

“Nosso principal objetivo é resgatar a história do jornal e homenagear os profissionais que já passaram por aqui e contribuíram para o legado do jornal. Além de mostrar para o leitor curiosidades sobre as grandes coberturas como na morte do Chico Mendes, por exemplo”, ressaltou a diretora de marketing.

Ao longo do mês as matérias que serão publicadas abordam temas como a importância do setor de arquivo, que armazena desde as primeiras edições do jornal; depoimentos dos jornalistas que já fizeram parte da equipe de reportagem; e com os anunciantes mais antigos. Além de curiosidades sobre a entrega e como o jornal impresso se torna matéria prima para confecção de peças de artesanato.

Além do jornal impresso e dos VTs na TV, as matérias sobre os 30 anos do jornal serão lidos pelos locutores da Gazeta FM 93,3.

“Ter a oportunidade de mostrar essa história é um orgulho para mim. Cresci aqui dentro e em várias oportunidades vejo concretizada a história do meu pai. E hoje poder contribuir para essa história é uma emoção grande”, falou ela, emocionada.

Sobre os planos para o futuro de A GAZETA, Larissa Martinello ressalta que algumas estratégias já foram adotadas para atualizar o jornal. “Acredito que o futuro é agora. Já estamos fazendo o futuro. Apostando no site e nas redes sociais. Sempre com credibilidade e a tradição que o jornal possui. Estamos nos empenhando para isso”, confirmou.

A diretora de marketing, Larissa Martinello, explica como elaborou a programação de aniversário do jornal. (Foto: Odair Leal/ A AGAZETA)

O que eles disseram:
“Todas as vezes que Frei Clodovis Boff vinha a Rio Branco no final da década de 1980 e início da década de 1990, eu era escalada pelo Silvio para entrevistá-lo. Me sentia o máximo, porque Frei Clodovis é um dos homens mais inteligentes que conheci. Ele sempre dizia: lá vem minha neta. Na primeira vez indaguei: por quê? Ele me disse: Tu és da GAZETA, és muito jovem, és uma das filhas do Silvio. És minha neta.

Não sou formada em jornalismo em banco de faculdade. Minha escola é a escola do Silvio, do Roberto, do Mário, do Zé Leite. Sim, tive grandes mestres. Todos em A GAZETA, onde cheguei em 1989, quando ainda usávamos a boa e velha Olivetti. Meus colegas foram grandes nomes do jornalismo acreano: Dadinho. J. Edson, Sérgio Vale, Edinho, Socorro Camelo, Dim, Gika, Chico Araújo, Luis Carlos Moreira Jorge, Xangai. Gleilson Miranda, Agenor Mariano, só para citar alguns.

Em A GAZETA aprendi quase tudo do pouco que sei sobre jornalismo. Aprendi com os melhores. E o Silvio foi especialmente um bom mestre. Por mais de dez anos ia todos os dias à sua sala conversar sobre as últimas da cidade. Levei muito carão e alguns elogios. Escrevi algumas das minhas melhores matérias. Lá combati o bom combate do jornalismo e guardei a fé na vida. Por isso, nada mais justo que ser chamada de filha no (sentido jornalístico) do Silvio. Sou com muito orgulho. Parabéns a todos que seguem dando bons frutos nessa bela história!!”.

* Charlene Carvalho é jornalista e assessora parlamentar

“Comecei no jornal A GAZETA com 17 anos, cheia de sonhos. Só não compreendia como um jornal que dava tanto trabalho para fazer – principalmente numa época onde as únicas fontes de pesquisa eram as bibliotecas com acervo nada atual – acabava sendo utilizado para embrulhar peixe no mercado. Foi na GAZETA que aprendi que não se pode impedir que o peixe seja embrulhado numa folha de jornal, mas essa folha tem que ser feita sempre com muito rigor, responsabilidade e qualidade.

Lá, tive o prazer e a sorte de ter como editor o Mário Emílio, e trabalhar com feras, como os jornalistas Silvio Martinello e o Elson Martins (esse último ficou pouco tempo depois que entrei), mestres que me moldaram.  Eles viram em mim mais do que uma garota desengonçada e me deixaram voar. Minha trajetória foi riquíssima. Colaborei, aprendi como pude e o quanto pude. Fui repórter, editora de caderno, editora assistente e editora-chefe. Ganhei bagagem de vida.

Sempre serei grata pelos anos de aprendizado nessa casa e pelo estímulo – especialmente do Silvio Martinello – a sempre correr em busca da notícia pelo ângulo do inusitado, do aparentemente impossível, do ainda não realizado.

Parabéns ao jornal e à sua equipe que fez e faz história no Acre e que eu orgulhosamente fiz parte. Que venham muitos anos de boas notícias. E que todos os dias sejam solo fértil para o jornalismo criativo, cheio de reinvenção e ousadia, que foi e é a cara da GAZETA!”.

* Socorro Camelo é jornalista e assessora de Comunicação do Ministério Público do Acre

Boas lembranças

Por Sérgio Vale

Muito legal ter essas boas lembranças de onde trabalhei por 17 anos. Comecei no jornal A GAZETA com 19 anos, e tudo era diferente de hoje, a gente não podia errar no clique, o filme e papel eram regrados.

Minha primeira fotografia foi com uma matéria do então repórter Marcos Afonso. Todas ficaram um carvãozinho, não dava pra ver nada, não acertei nenhuma, lembro que fiquei muito nervoso. Mas mesmo assim, ao longo dos anos, o jornal A GAZETA me valorizou muito e eu me sentia muito feliz com esse apoio.

Foram muitas pautas complicadas, o Acre vivia um tempo muito turbulento, teve épocas de muita violência. Sair com uma máquina fotográfica nas delegacias, nos becos da cidade, era muito perigoso. Acompanhei várias perseguições na ronda policial, e também fui bastante perseguido por causa das fotos.

Foi na GAZETA que consegui me destacar no fotojornalismo. Lá que comecei a ganhar o respeito que tenho como fotojornalista, grandes amigos e admiradores. Consegui muitas oportunidades até mesmo fora do Estado, pois o trabalho feito no jornal era muito cuidadoso. Lembro das vezes que o Silvio Martinello me chamava para fazer boas matérias, ele só com um papelzinho e o resto mesmo era tudo na cabeça.

Agradeço muito ao jornal por ter dado a liberdade que tinha para eu tentar as melhores fotos e o aprendizado que trago até hoje. Tivemos juntos uma Menção Honrosa no Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, e fui escolhido, por seis anos, repórter fotográfico do ano, pelo Prêmio de Jornalismo Garibaldi Brasil, aqui de Rio Branco.

Muitos parabéns pelos seus 30 anos de bom jornalismo, jornal A GAZETA!

A Gazeta do Acre: