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Angelim sai em defesa do ‘Sistema S’

O impasse pelo qual passa o “Sistema S” levou o deputado federal Raimundo Angelim (PT/AC) a sair em defesa da manutenção desse conjunto de organizações das entidades empresariais ligadas à indústria, ao comércio, ao setor rural, ao cooperativismo e apoio às micro e pequenas empresas, ora ameaçados pelos ajustes fiscais.

Em discurso na tribuna da Câmara Federal, o parlamentar do PT do Acre alertou que “a recente proposta de redução dos repasses financeiros para as entidades do ‘Sistema S’, é motivo de preocupação para todos os que reconhecem sua importância social para o povo brasileiro, grande beneficiário do extenso leque de serviços prestados, pelas organizações que o compõem, no treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica”, disse Angelim.

Fazem parte do “Sistema S”, o Sesi e o Senai, entidades da indústria; o Sesc e o Senac, do comércio; o Senar, do setor rural; o Sescoop, ligado ao cooperativismo; o Sest e Senat, do setor de transportes; e o Sebrae.

Após relembrar o histórico de criação desses organismos que datam da década de 1940, a exceção do Sescoop, do Senar, do Sest e do Senat, que foram instituídos após a Constituição de 1988, Angelim citou números.

“É incontestável a qualidade e excelência do trabalho do Senai na área do ensino técnico. Suas ações de qualificação profissional formaram 64,7 milhões de trabalhadores desde 1942, operando em 518 unidades fixas e 504 unidades móveis em 2,7 mil municípios brasileiros. No Senac, só em 2014, foram 1.811.646 matrículas, das quais 634.125 fazem parte do Programa Senac de Gratuidade (PSG) e 511.180 do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)”mencionou.

Para ele, é forçoso reconhecer a enorme contribuição que estas instituições têm dado para o desenvolvimento do país. “Como não reconhecer a excelência dos cursos do Senai? Como não admirar a enorme capilaridade dos serviços prestados pelo Senac? Como desconsiderar o papel decisivo do Sebrae no apoio às micro e pequenas empresas? Como não reconhecer o valoroso trabalho desenvolvido pelo Senar, em favor do setor rural brasileiro e do Senat, aos trabalhadores dos serviços de transportes. Digno de registro a expansão e fortalecimento do cooperativismo brasileiro, graças às ações desenvolvidas pelo Sescoop”, questionou Angelim.

Ele lembrou ainda que na área social, com vistas à melhoria do bem estar social dos trabalhadores (saúde, lazer e cultura) os serviços oferecidos pelo Sesi, Sesc e Sest, são exemplares e de extrema relevância, atendendo milhares de trabalhadores e seus familiares dos mais diferentes ramos empresariais.

“O melhor caminho para a superação desse impasse, não é o enfrentamento pelo viés político, com as costumeiras críticas de ambos os lados, que só fragilizam as relações. A solução e o devido encaminhamento dar-se-á pelo diálogo, pela negociação e principalmente, pelo entendimento. O momento exige maturidade, cooperação e decisão. O que for melhor para o país, certamente o será para todos”, concluiu reafirmando seu apoio aos trabalhadores e usuários dos órgãos do “Sistema S”, conclamando que se achem alternativas para que o ajuste fiscal não implique em ameaças à sua continuidade.

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