A população acreana já começou a sentir os efeitos da greve dos bancários. Quem precisou, ontem, de atendimento em uma agência bancária, encontrou portas fechadas. A paralisação dos bancários completa quatro dias nesta sexta-feira, 9.
A vendedora Maria Carmem de Lima questionava a falta de envelopes para depósitos em uma das agências em Rio Branco. A funcionária pública, Francisca Ferreira diz que sentiu dificuldade em realizar uma operação no caixa eletrônico e não tinha nenhum funcionário para ajuda-la.
“Não confio pedir ajuda para um estranho nesses assuntos. Afinal, eles mesmos orientam a não pedir ajuda a outra pessoa que não for um funcionário do banco. Enquanto isso, vou esperar, não tem outro jeito”, confirmou Ferreira.
Já o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre (Seeb-AC), Edmar Batistela, confirmou que apenas 30% dos serviços são mantidos nas agências bancárias. No entanto, não incluem atendimento ao público.
“Os 30% é de bancários nos serviços essenciais internos nas agências, como manutenção de caixas eletrônicos, compensações e internet banking e que transações simples estão sendo realizadas normalmente. Como pagamentos corriqueiros, quem recebe salário na sua conta, faz transferência, estão sendo feitas normalmente nos caixas eletrônicos”, acrescenta. Além disso, o sindicalista destacou que quase 90% das agências aderiram o movimento.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu 5,5% de reajuste para salários e vales. A proposta inclui abono de R$ 2,5 mil, não incorporado ao salário. Os bancários querem reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), entre outras reivindicações.