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Diretora acredita que resultado de pesquisa é reflexo do empenho coletivo dos servidores

 A diretora da Escola Luíz de Carvalho Fontenele, Sueli Soares, acredita que o resultado do Índice de Oportunidades na Educação (IOEB) é reflexo do empenho coletivo dos servidores da educação no município. Rio Branco é a sétima capital no ranking com nota 4.6, nota superior a de cidades como Rio de Janeiro e Porto Alegre.

O IOEB é uma nova pesquisa calculada a partir da soma de vários indicadores como, Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), número de alunos matriculados, escolaridade dos professores, experiência dos diretores, número médio de horas aula/dia e taxa de atendimento na educação infantil.

Soares destaca que a escola que administra teve a maior nota no Ideb em 2014, indicador avaliado pela pesquisa realizada. “Nós ultrapassamos a nota nacional, estamos em primeiro lugar no estado, ultrapassamos também a nota das escolas estaduais do estado. Ou seja, nacionalmente nós somos os melhores”, afirmou a diretora.

A diretora revela que a escola tem uma metodologia particular, responsável pelos bons resultados alcançados. “Aqui desde a pessoa no portão até o professor, todos são responsáveis pelos resultados do ensino e aprendizado das nossas crianças. Acredito que isso faz uma diferença!”

Outro aspecto avaliado pelo IOEB é a escolaridade dos professores. Na Escola Luíz de Carvalho atuam 16 professores, mais os professores mediadores e, a maioria dos profissionais possuem ensino superior. “Nós aqui damos a melhor educação possível. Aqui existe uma escola que está em constante aprendizado. Os professores são os grandes responsáveis pelos resultados”, garantiu Soares.

O novo Índice avalia também o número de crianças fora da escola, e quanto a esse critério a diretora garante que a instituição quase sempre tem vagas a oferecer. Exemplo disso é que, durante esse mês de outubro, terceiro bimestre no calendário escolar e próximo do final do ano letivo, a escola aceitou a matrícula de mais um aluno.

“A mãe procurou a escola pedindo, por favor, para matricular o seu filho. Conversei com a professora, com a mãe. Nós pedimos para a mãe trazer impresso o terceiro bimestre da criança e nós aceitamos mais um aluno. Isso sempre acontece! Eu acredito que a educação da Capital oferece oportunidades para todos”, contou Soares.

Para o secretário de Educação de Rio Branco, Márcio Batista, o resultado da pesquisa é motivo de alegria, apesar de reconhecer que a educação no município e no Estado precisa melhorar muito. “Precisamos crescer muito como, por exemplo, diminuir a rotatividade dos professores, pois profissionais efetivos somam as experiências e colaboram com uma melhor educação. Vamos seguir evoluindo”, relatou.

Escola pública x Escola privada

A economista Elka Batista, de 41 anos, faz uma simples comparação do ensino público e privado no Acre. Mãe de dois meninos, João Victor, de 8 anos, e Miguel de 6 anos, Batista já teve os filhos matriculados nos dois tipos de instituição. O mais velho, João, cursou o primeiro ano do ensino fundamental em uma escola particular. Miguel, o filho mais novo, está cursando o primeiro ano em uma escola pública.

Para a economista, o aprendizado do filho Miguel foi mais rápido, se comparado, a educação que João teve no primeiro ano na escola particular. “O Miguel aprendeu a ler e escrever muito rápido. Os dois estão há dois anos na escola pública (Escola Luíz de Carvalho Fontenele), mas não vi deficiência na educação de nenhum dos dois”, explicou a mãe.

A mãe esclarece que João Victor, enquanto estudava na escola particular, fazia muitas atividades de pinturas e brincadeiras. No caso de Miguel, a situação foi contrária. “Nós vemos a diferença sim. Nós sabemos que na escola particular a forma de cuidar das crianças é bem melhor, mas na educação não vi muita diferença. Na verdade, achei até melhor na escola pública”, garantiu Batista.

Para a economista, o aprendizado rápido dos filhos é reflexo dos professores qualificados que atuam na escola. “A professora do pré-escolar estava ensinando a ler e escrever, eu achei muito interessante a metodologia usados por eles, muito boa! Meu filho está no primeiro não hoje, e já sabe ler e escrever. Enquanto outras crianças que estão no segundo e terceiro ano não sabem nem escrever”, comparou a mãe.

Com relação ao IOEB, a mãe acredita que a pesquisa aponta resultados verdadeiros e merecidos, apesar de acreditar que a educação no Acre ainda precisa melhorar muito. Para ela, uma das deficiências na Educação é o grande número de alunos em uma sala. “É uma quantidade de alunos muito grande. Na sala do meu filho do primeiro ano eu acho a quantidade suficiente, mas na sala do meu filho do terceiro ano eu acho que tem muito aluno, são 35 crianças em uma sala”, opinou a economista.

União de esforços diminui a evasão escolar

Um dos motivos para a criação do novo Índice foi incentivar a cooperação entre Estados e municípios para melhorar o ensino das regiões. Hoje, a prática mais comum é que o refeito administre as escolas municipais e o governador as estaduais. O Acre, juntamente com o Ceará e Goiás, são exemplos de que, as forças-tarefas com a união de esforços são capazes de gerar melhoria para toda a rede de ensino, diminuindo a evasão escolar. Hoje, no Brasil, mais de 3 milhões de crianças entre 5 e 17 anos estão fora da escola.

 

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