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Mesmo com policiamento ostensivo, atentados na Capital continuam

Autoridades apresentaram seis pessoas, durante a manhã, acusadas de participação nos atentados. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

Em entrevista coletiva na manhã de quarta-feira, 7, a Secretaria de Segurança, confirma que a ordem para os ataques partiu de dentro do presídio. Para conter a onda de ataques, o governo colocou nas ruas 300 homens das polícias Militar e Civil, Exército, Bombeiros, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal e também deve convocar policiais da reserva.

Durante a coletiva foram apresentadas dez pessoas presas acusadas de envolvimento nos atos. O delegado Nilton Boscaro afirmou que dos 10 homens apresentados, quatro estão envolvidos diretamente nos incêndios. Eles foram presos na Capital, no bairro Aeroporto Velho e foram encaminhados para a Divisão de Investigações Criminais da Polícia Civil. O grupo foi autuado em flagrante por associação para o crime com o agravante do uso de armas de fogo.

“Nós vamos ocupar todo o território da cidade, sem locais muito específicos. Vamos vistoriar tudo, com barreiras fixas e outras móveis. Vamos mudar isso constantemente para não deixar os bandidos avisados. Pela noite, nosso efetivo será ainda maior. Tivemos o apoio de outros órgãos como Força Nacional e Polícia Rodoviária, e vamos, certamente, lograr êxito nessa empreitada para conter a criminalidade”, garantiu o coronel da Polícia Militar, Ulysses Araújo.

De acordo com o delegado Alcino Júnior, qualquer tipo de grupo criminoso que tentar se instalar no Estado, as forças de segurança estão atentas a elementos que queiram causar qualquer tipo de terror à sociedade, alertou o investigador.

“Mais pessoas ainda serão presas ao longo da semana, fruto de um trabalho de integração policial”, confirmou Alcino. Sobre a existência de organizações criminosas no Estado, o investigador foi categórico ao afirmar que apenas irá citar qualquer nome de facção caso seja comprovado à participação de grupo criminoso através dos laudos investigatórios.

“Eu estaria sendo irresponsável em citar o nome de qualquer grupo criminoso, pois estamos em meio a um processo de apuração dos fatos, o que temos que apresentar à sociedade é resultados e provar que nosso Estado jamais ficará a mercê da bandidagem”, disse Alcino Junior.

Na tentativa de evitar novos ataques uma varredura foi realizada dentro das penitenciárias na tentativa de coibir a comunicação dos presos com possíveis comparsas do lado de fora. Na operação, 55 celulares foram apreendidos, além de carregadores, armas brancas e drogas. Os detentos apontados como mandantes dos atentados estão no Regime Diferenciado de Detenção (RDD).


(Fotos: Odair Leal/ A GAZETA)

 

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