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Projeto leva horticultura e criação de animais para dentro dos presídios

Termo de cooperação foi assinado pelo governador Tião Viana nesta terça-feira. (Foto: Sergio Vale)
Termo de cooperação foi assinado pelo governador Tião Viana nesta terça-feira. (Foto: Sergio Vale)

O Governo do Estado começa um projeto especial que vai levar a produção de frutas, verduras, criação de animais e cursos técnicos para todas as unidades prisionais do Acre, além das unidades do Instituto Socioeducativo (ISE). O termo de cooperação foi assinado pelo governador Tião Viana na tarde desta terça-feira, 20, e o projeto “Produzindo a Liberdade” será executado pela Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), em parceria com o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e o ISE.

Para um público de jovens em medida socioeducativa, Tião Viana foi enfático: “O que nós podemos fazer é o que está aqui. Lutamos por saúde, educação e segurança, e agora oferecemos uma nova oportunidade. E é isso que estamos querendo dizer: acreditem em vocês mesmos. Unam-se de mãos dadas com o Estado, porque só queremos o bem de vocês”.

A assinatura do termo de cooperação celebra o início das atividades no ISE. Nas unidades prisionais estaduais, o projeto já está em pleno desenvolvimento, mas será ampliado. Só na unidade da Capital, o presídio Francisco de Oliveira Conde, a criação de frangos deve saltar de 200 para duas mil aves por mês. Com a produção e consumo próprios nas unidades, a expectativa é de uma economia de R$ 30 mil por mês para os cofres públicos com a alimentação dos reeducandos.

Glenilson Figueiredo, gestor da Seaprof, ressalta que as unidades terão fortalecida a produção de hortaliças, granjas, piscicultura e suinocultura e serão criados cursos profissionalizantes nessas áreas. “Temos um potencial muito grande para muitas culturas de consumo próprio deles e até a venda do excedente. Podemos economizar muito mais que R$ 30 mil por mês. É um ganho para toda a população”, conta.

Trabalho de ressocialização
Segundo o diretor-presidente do Iapen, Martin Hessel, 800 reeducandos já trabalham com essas atividades no sistema penitenciário do Estado. Ao todo, esse sistema possui cinco mil homens e mulheres. “Quando assumi o Iapen, junto com o governador Tião Viana, decidimos que um dos principais compromissos seria trabalhar a ressocialização. Com o projeto, queremos que essas pessoas saiam do círculo vicioso do crime”, ressalta.

Para o diretor-presidente do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), Rafael Almeida, isso vai ser impactado positivamente em quem está passando por esse momento. “Assim, esses jovens poderão se ressocializar e ter uma opção para o futuro. É o governo acreditando na mudança desses adolescentes”. (Samuel Bryan / Agência Acre)

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