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“Não tem como evitar a comercialização de combustível em corotes”, ressalta presidente do sindicato dos postos de gasolina, Delano Lima

 Devido a recente onda de violência em Rio Branco e munícipios próximos, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Gás Liquefeito de Petróleo e Lubrificantes do Acre (Sindepac), Delano Lima, ressaltou que não existem meios de controlar quem compra combustível em corotes (vasilhames, garrafas pets e outros objetos). Uma vez que para incendiar os veículos foi utilizado gasolina.

A Secretaria de Segurança Pública contabiliza pelo menos dez ônibus, seis carros particulares, um caminhão e uma casa foram incendiados na capital e no interior, desde o início da semana. Delano afirma que não dá para escolher para quem vai vender o combustível.

“Todos os dias, tem pessoas que ficam com o carro no prego por falta de gasolina e por isso precisam do corote ou aqueles que precisam do combustível para trabalhar, como é o caso dos roçadores de quintais, por exemplo. Não tem como evitar a comercialização de combustível em corotes”, explicou o presidente.

Os postos de combustíveis também sofrem com as ações de criminosos, alertou Delano. “Durante a noite de terça-feira dois homens em uma moto ameaçaram os funcionários de um posto na Vila Acre. Nada fizeram ou levaram, mas os funcionários não tiveram mais coragem de voltar ao trabalho e fecharam o posto durante a noite. E isso não deixa de ser prejuízo para o empresário”, confirmou.

Por falar em prejuízo, Delano contabiliza de 12 a 14 assaltos a postos de gasolina em Rio Branco em menos de dois meses. “Em um único final de semana foram registrados quatro assaltos a postos de gasolina. Essa é uma realidade que não é dessa semana”, concluiu o presidente.

Os ataques violentos seriam em represaria a ação de um policial militar que impediu um assalto a uma clínica médica, ao atirar em Denis Fortunato de Souza, de 25 anos, e Fábio Andrade de Araújo Pereira, de 32 anos. Os dois suspeitos foram baleados e chegaram a ser socorridos por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados para o Pronto-Socorro, mas não resistiram.

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