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Bandidos retaliam operação em presídios com várias tentativas de queimar ônibus

Reunião emergencial definiu estratégias para combater onda de ataques incendiários a ônibus na cidade… (Foto: Divulgação)
…Carros também foram queimados. (Fotos: Cedidas)

Uma nova onda de ataque a vários ônibus aconteceu na tarde desta terça-feira, 6, em Rio Branco. Alguns coletivos sofreram apenas atentados e princípios de incêndio. Outros chegaram a ser incendiados. Os ataques ocorreram em uma atitude de retaliação de criminosos e vândalos após a Operação Varredura, realizada pela polícia dentro do presídio Francisco de Oliveira Conde.

Os ônibus começaram a ser alvo de incendiários no momento que era realizada uma coletiva de imprensa com a cúpula da Segurança Pública do Acre, em resposta aos seis veículos incendiados durante a madrugada de terça-feira.

Por meio da assessoria de imprensa, a Segurança explicou que o novo ataque pode ter sido represália à operação realizada dentro do presídio.

O primeiro princípio de incêndio aconteceu no bairro Santa Inês, na parada final do ônibus, Rua da Sanacre. Ainda de acordo com a assessoria, dois homens em uma bicicleta portando arma de fogo, entraram no ônibus e mandaram todos os passageiros descerem. “Eles jogaram combustível, atearam fogo e saíram em fuga. Os passageiros e motoristas controlaram o fogo. Não houve feridos. Apenas algumas poltronas foram queimadas”, detalhou.

O segundo ato foi no bairro Taquari, na linha final da Rua Baguari. Só que desta vez os criminosos conseguiram incinerar o veículo, que estava vazio.

Houve princípios de incêndios de ônibus também no Tucumã e no bairro Ilson Ribeiro. Só que o fogo foi controlado rapidamente.

Outra tentativa iria ocorrer no bairro Mocinha Magalhães. O motorista teria reduzido para parar o ônibus, só que avistou um motoqueiro com galão na mão, por isso teria desistido da parada e seguiu com o ônibus até um local seguro.

Devido a onda de ataque aos ônibus, a população ficou assustada. O movimento de pessoas no Centro da cidade diminuiu bastante à tarde e à noite.

Os motoristas de ônibus também ficaram assustados com a situação. Por volta das 20h30, a categoria queria parar de trabalhar devido ao clima de insegurança. Como muitas pessoas queriam ir para as suas casas e dependiam do serviço para isso, o prefeito Marcus Alexandre estava tentando negociar com os motoristas para eles continuarem dirigindo. Até o fechamento desta edição, o impasse não havia terminado.

ONDA DE ATAQUES
A onda de ataques começou após a morte de dois suspeitos de tentar assaltar uma clínica na Capital. Dois ônibus e quatros veículos de passeios foram incendiados em locais diferentes na madrugada de terça.

Em coletiva de imprensa, o secretário de Estado de Segurança Pública, Emylson Farias, afirmou que os ataques têm ligação direta com a morte de dois homens suspeitos de assaltar a Clínica Santa Lúcia, na tarde de segunda, 5.

O secretário de Segurança garantiu que medidas administrativas e judiciais estão sendo tomadas com relação aos ataques, visando proteger a vida e o patrimônio da população. Como medida de prevenção aos ataques, foi realizado na tarde desta terça-feira, 6, uma Operação Varredura dentro do presídio Francisco de Oliveira Conde.

“Estamos com equipamentos eletrônicos necessários para poder tirar de circulação tanto armas como objetos eletrônicos que possam servir de comunicação do meio interno com o externo, levando qualquer informação”, explicou Farias.

Farias destacou a integração da Polícia Militar, Polícia Civil, PF, Instituto Socioeducativo, Força Nacional, Bombeiro Militar e o Departamento de Administração Penitenciária, reforçando a segurança pública.

O secretário não descarta a possibilidade de esses crimes estarem ligados à facções criminosas, mas garante que as investigações começaram, e que já existem suspeitos. “Quando você manda que seis veículos sejam tocados fogo, é claro que existe uma articulação”, afirmou.

Ainda segundo Farias, um acordo com o Ministério da Justiça está em andamento para o pedido de reforço de 80 homens da Força Nacional. Hoje, 27 homens da Força Nacional atuam no Estado há cerca de três meses. Contudo, o secretário enfatizou que policiais que estavam de folga ou de férias foram solicitados para irem às ruas.

Reunião emergencial determina aumento de policiais nas ruas na noite de terça-feira

BRENNA AMÂNCIO

Com a cidade em pânico devido aos inúmeros incêndios de veículos no último dia, o governador Tião Viana e o prefeito Marcus Alexandre se reuniram nesta terça-feira, 6, no gabinete da Casa Civil, para tomar medidas emergenciais de segurança em Rio Branco.

Todas as medidas foram impostas ainda na noite desta terça-feira. Homens da Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal, Federal, Militar e Civil e os Bombeiros se espalharam nas ruas de Rio Branco a fim de evitar novos ataques criminosos.

De acordo com a secretária de Comunicação do Estado, Andréa Zílio, todo o esforço tomado durante a noite de ontem teve o objetivo de evitar prejuízos ao sistema de transporte coletivo da cidade. “Também estamos prezando pela segurança”, disse.

Após a reunião emergencial, medidas foram tomadas:

– Redução da quantidade de ônibus nas linhas à noite;

– Ônibus foram indicados a não parar nas paradas finais. Sendo assim, as paradas foram descoladas aos terminais de integração e Terminal Urbano;

– Cinquenta homens da Polícia Militar divididos em duplas passaram a fazer a segurança dentro dos ônibus com rotas mais distantes ou mais complexas;

– Policiamento reforçado nos terminais de integração e no Terminal Urbano.

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