O presidente da Executiva Municipal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Cruzeiro do Sul, Bibiano Queiroz, pediu desfiliação da legenda na manhã de ontem, 5. O fato aconteceu depois de declarar que a sigla não aceitaria filiação de homossexuais.
Após tomar ciência das declarações de Bibiano, a ex-candidata a presidência da República, Luciana Genro, chegou a informar através de sua conta no Twitter, que já havia solicitado a expulsão do dirigente.
“O PSOL tem como bandeira de luta os direitos dos homossexuais, assim como dos demais seguimentos e grupos sociais. Por fim, defendemos o direito e a liberdade de cada cidadão e não aceitamos nenhum tipo de preconceito e descriminação, seja ele racial, religioso, de gênero ou orientação sexual”, disse a dirigente ao pontuar que já havia pedido a expulsão de Bibiano Queiroz. Não tem lugar para homofóbicos no PSOL”, afirmou.
A Executiva Estadual, em nota, salientou que o dirigente de Cruzeiro do Sul não falou em nome do partido. “Estas afirmações são de caráter pessoal e não representam o pensamento do conjunto do partido no estado do Acre, como o senhor que fez tais declarações, não está autorizado a falar em nome do partido, pois, o mesmo fez seu pedido de filiação em junho/2015, pedido este que está em análise para ser deferido”, disse Jamyr Rosas.
Dada à repercussão de suas declarações, o dirigente de Cruzeiro do Sul oficializou sua saída do partido. “Não vou esperar que essa gente me expulse”, disse ele, enquanto encaminhava o documento para o TRE e diretório estadual.
Ele destaca que pretende procurar um partido que possui preceitos do qual ele não abdica. “Tenho formação cristã e sigo valores morais e religiosos como cidadão. Não posso assistir passivamente a destruição da família, que é a base da nossa sociedade”, argumentou Queiroz.