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Sibá afirma ter sido grampeado após conversa com um dos investigados da Lava Jato

 O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara Federal, deputado Sibá Machado, afirmou ter sido grampeado após se reunir com o ex-presidente da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, investigado pela Operação Lava Jato e preso pela Polícia Federal. A declaração ocorreu durante a realização do Seminário da Sudam no Acre, na manhã de sexta-feira, 16.

Sibá relatou que deverá esclarecer a Polícia Federal acerca do conteúdo da conversa. Ele frisou que está tranquilo e que não teme ser indiciado na Operação, haja vista que não teve, segundo ele, nenhum envolvimento com o assunto. “Fui comunicado ontem e meu assessor já foi depor. Não tenho nada a esconder, apenas almocei com ele”, disse.

O encontro ocorreu no dia 3 de julho deste ano, 25 dias antes de Othon Luiz ser preso por ordem da Justiça Federal. Na ocasião, Othon estava licenciado da estatal por suspeita de recebimento de propina sobre contratos das obras da Usina Angra 3.

O deputado falou também sobre as pedaladas fiscais feitas pela presidente Dilma Rousseff em 2014. Ele explicou que o assunto se trata de um fluxo de caixa e que isso não seria motivo para retirar a presidente de cargo.

“No mês A, ela arrecada mais e paga todas as contas, no mês B a arrecadação é menos. A Caixa no mês que tem menos empresta dinheiro, no mês que tem mais devolve dinheiro. No somatório de 2014, a Caixa pagou para o Tesouro Nacional cerca de R$ 42 milhões corrigidos”, destacou.

Ele falou ainda sobre a acusação imputada ao ex-presidente Lula quanto a fazer lobby no exterior. Segundo Machado, uma das prerrogativas do presidente é buscar investimentos. “O papel de um presidente ou ex-presidente, um governador, enfim, é arranjar investimentos para o seu país”, finalizou o líder do PT.

 

 

 

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