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Um duro golpe

O Partido dos Trabalhadores, o PT, sofreu um duro golpe com a prisão ontem em Brasília do senador Delcídio Amaral, acusado de tentar favorecer a fuga para o exterior de um dos presos na Operação Lava Jato, Nestor Cerveró.

O grave dessa prisão é que foi determinada, primeiro, por um ministro do Supremo Tribunal Federal (TF), Teori Zavaascki, e referendada, em seguida, pela corte do mesmo tribunal, afastando suspeitas de que poderia ser perseguição ao partido. Ou para usar uma expressão em voga, uma “prisão seletiva”, que se estaria praticando em Curitiba com a Operação Lava Jato.

No caso, portanto, o partido precisa rever, urgentemente, seus conceitos e, sobretudo, sua prática para não compactuar com essa verdadeira quadrilha de altos funcionários da Petrobras e empresários que roubaram milhões ou bilhões da empresa e jogaram o país nessa crise econômica e política que vem se arrastando há mais de ano.

Criado para ser o referencial na política, o PT precisa, urgentemente, fazer uma reflexão profunda, e retomar o caminho da ética e transparência, se quiser contar ainda com a confiança e os votos da sociedade brasileira.

Ou faz isso ou corre o risco de botar a perder todas as suas conquistas e o que de bom fez para o país nessas últimas décadas.

A Gazeta do Acre: