Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Caso o recurso do Bolsa Família seja reduzido, mais de 9,3 mil famílias voltariam para a miséria no Acre em 2016

Caso a proposta do relator-geral do Orçamento de 2016, deputado federal Ricardo Barros (PP/PR), de cortar em R$ 10 bilhões do orçamento do Bolsa Família para o ano 2016 seja aprovada pelo Congresso Nacional, a Secretaria Nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) estima que a decisão afetaria diretamente 29.331, das 80.187 famílias atendidas pelo programa.

Ao sair do programa, 38.746 pessoas, que representa 9,3 mil famílias, entrariam na pobreza extrema no Acre, apontam os números. O corte seria de R$ 10 bilhões e atingiria todo o país. No último mês, o Bolsa Família injetou na economia local mais de R$ 18,8 milhões. Cada família acreana recebeu R$ 231,69. É o maior valor médio pago no país.

Assim como o ministério, a Presidência da República também se manifestou contrária à proposta do citado relator. No Brasil, são 47.863.175 pessoas atendidas pelo programa, das quais 23.210.991 teriam de sair.

Das famílias beneficiárias, 2.518.300 voltariam para a miséria, e 7.979.750 pessoas – entre elas, 3.757.630 crianças e adolescentes.

Destacando, têm direito ao benefício famílias com renda até R$ 154 mensais per capita. São consideradas extremamente pobres as famílias com renda per capita até R$ 77 mensais. Os valores correspondem aos parâmetros da ONU.

De acordo com Ricardo Barros, o corte de 35% no principal programa de transferência de renda do governo impediria o ingresso de novos beneficiários, mas as famílias atualmente cadastradas continuariam a receber os recursos.

Foi a primeira vez na história que o Governo Federal entregou a proposta de orçamento com previsão de déficit. O documento traz ainda a previsão de crescimento econômico de 0,2% e de inflação de 5,4% no ano que vem. O governo propõe elevar o salário mínimo para R$ 865,50 em 2016. Hoje, o valor é de R$ 788.

 

Sair da versão mobile