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Deputados estaduais voltam a debater sobre alagações no Estado

 Os parlamentares que compõem a Comissão de Legislação Agrária, Fomento, Agropecuária, Indústria e Comércio, Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), reuniram-se para discutir sobre a Vulnerabilidade Social decorrente das alagações. O professor Alejandro Fonseca Duarte, da Universidade Federal do Acre (Ufac), também participou do debate.

O docente destacou a pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos e Serviços Ambientais AcreBioClima, do qual é coordenador. O objetivo da pesquisa é o monitoramento ambiental com a finalidade de encontrar resposta sobre o comportamento regular do clima da Amazônia e as manifestações de eventos extremos, variabilidades e mudanças climáticas.

Ele pontuou que os resultados dos estudos mostram que a mutabilidade do sistema clima e suas manifestações extremas não apontam que as chuvas no Acre sejam a causa das recorrentes alagações urbanas.

“As alagações são previsíveis dadas à regularidade sazonal do inverno amazônico. Os impactos das alagações devem-se à ocupação crescente e desordenada das planícies de inundação por populações socialmente vulneráveis”, disse.

Para ele, a retirada das famílias de suas casas não é a solução mais adequada. “O que resolveria de fato seria reconstruir de maneira adequada as casas onde essas pessoas moram. A elevação das casas é uma boa opção, o ideal é que as pessoas atingidas pela cheia não tenham que deixar seus lares. Nada que uma engenharia moderna e uma arquitetura bem pensada não resolva”, pontuou.

O presidente da Comissão, deputado Lourival Marques (PT), ressaltou a importância da reunião. Segundo ele, faz-se necessário debater sobre o tema, haja vista que “a cada cheia os prejuízos são maiores”, disse ao afirmar ainda a importância do resultado da pesquisa realizada pelo docente.

“Achei interessante às sugestões que ele deu na tentativa de amenizar o sofrimento das famílias que são atingidas pela alagação. Um dos métodos empregados na pesquisa realizada pelo grupo está relacionado com a hidrometeorologia, a radiometria solar, a deposição úmida e a energética sustentável, sugestões interessantes que com certeza merecem ser mais bem discutidas”, finalizou.

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