Pela primeira vez, o Acre vai ser representado por uma mulher em um campeonato de fisiculturismo. O culturismo ou fisiculturismo é um esporte cujo objetivo é buscar, através da musculação, a melhor forma muscular. A servidora pública Leane Teles, de 35 anos, participará da III Copa Pará de Fisiculturismo, no dia 14 de novembro, em Belém (PA). Atletas do Brasil inteiro e de países vizinhos disputarão o evento.
Teles treina há 14 anos, mas somente há quatro começou a se interessar pelo fisiculturismo. Após ser mãe, os cuidados com o corpo e alimentação foram o primeiros passos para começar as atividades. “Antes eu treinava pra comer, comia pra treinar. Depois que eu engravidei comecei a cuidar da minha alimentação e a pesquisar por essas coisas. Vi que minha academia já não atendia mais o que eu queria, então comecei a procurar por profissionais capacitados”, explicou.
O fisiculturismo é uma verdadeira paixão na vida da atleta. Ela conta que somente este ano, após participar da maior feira de fisiculturismo do Brasil, percebeu que também tem potencial para participar de competições. “As pessoas me olhavam e perguntavam se eu era atleta, de que estado eu era, se eu iria competir, qual categoria. Então eu vi que não estava em um nível diferente dos competidores, aí comecei a amadurecer a ideia”, disse.
A categoria que Teles vai competir é a wellness, até 1,68 de altura. Ela explica que nesta categoria, as mulheres têm um corpo mais slime feminino, menos definido e masculino que as demais categorias. “Tudo conta na hora da apresentação no palco, seu físico, o shape, a roupa, a desenvoltura no palco, o cabelo, maquiagem, tudo é avaliado”, esclareceu Teles.
Os treinamentos preparatórios para o campeonato começaram há oito meses, e nos últimos 30 dias foram intensificados. A rotina de treino da servidora pública é de domingo a domingo, uma hora de musculação por dia, além de realizar aeróbica em jejum todos os dias. “Hoje mesmo recebi a dieta nova, zero carboidrato. Estou passando fome já”, brincou a atleta.
A acreana diz estar otimista com sua primeira competição, mas confessa que a ansiedade está à flor da pele. “Eu não estou com espírito de derrotada, achando que vou perder, e também não estou achando que vou ganhar. Eu acho que fiz o meu melhor. Eu segui tudo a risca. Estou sendo acompanhada por um preparador de atletas do Rio de Janeiro (RJ). Todo campeonato o atleta, experiente ou não, tem 50% de chance de ganhar e 50% de perder”, concluiu.
