Domingo, dia 29, fez 68 anos que a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a Lei da Partilha dividindo o povo judeu para Israel e formando também o Estado independente da Palestina. São quase sete décadas, e o tratado ficou muito no papel, mas pouco virou realidade. E por conta disso o povo palestino enfrentou ao longo destes anos muitas dificuldades. Por isso, esta a data é considerada o Dia Internacional de Apoio ao Povo Palestino.
O Acre, um lugar bem longe da Palestina, reconhece e se solidariza com a causa daquele povo. De acordo com o ativista mais célebre da Palestina no Acre, Abrahim Farhat, o ‘Lhé’, mais de 200 países-membros da ONU atendem a solicitação e prestam sua solidariedade aos palestinos hoje. Ele conta que o Acre também faz isso. Inclusive, a Aleac, a pedido do deputado estadual na época, Luís Tchê, estabeleceu o dia de hoje no Acre como de apoio aos palestinos.
“É muito interessante, por ser uma campanha mundial, ir pesquisar mais sobre esta data, sobre a importância desta luta pela independência que travam os palestinos. Aqui temos a lei estadual que trata sobre o dia de apoio ao povo palestino, e que foi acatada pelo governador Tião Viana. A Palestina e a ONU ainda lutam para que aquela lei de 1947 seja colocada em prática. Ao meu ver, a falta do cumprimento desta lei é a grande causa da aflição dos palestinos. Não queremos acabar nem prejudicar o Estado de Isarel. Mas queremos o da Palestina livre já”.
Lhé finalizou dizendo que o Comitê Acreano em Solidariedade à Luta dos Palestinos também acredita que a grande problemática na questão da Palestina são os descumprimentos da lei da ONU. E que a melhor forma de superar isso é estimulando a notícia e o debate desta injustiça. “Principalmente neste dia tão importante que é o 29 de novembro”, completou Lhé.
O grande jogo da Palestina
Lhé também mencionou que a Palestina talvez viva um dos maiores momentos esportivos da sua história. E graças aos apoiadores acreanos da causa. De acordo com Abrahim Farhat, há algum tempo o vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marcus Vicente, esteve no Acre e Lhé o sensibilizou sobre a questão da palestina. Lhé conta que sugeriu uma partida entre as seleções da palestina contra a brasileira.
“Fiquei sabendo que este jogo pode acontecer. Fizeram contatos entre as federações para tratar sobre isso. O amistoso não tem nada de data definida ainda, mas, caso aconteça, seria muito bom para mostrar ao Brasil e ao mundo o que passa o povo palestino”, concluiu Lhé.