O reajuste da tarifa de energia elétrica no Acre terá seu percentual definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) até o final deste mês, afirma o presidente da Eletrobras, Distribuição/Acre, Ricardo Xavier. No Amazonas, a agência reguladora aprovou uma série de reajustes tarifários, que chegam a 42,55%.
O anúncio com o reajuste, sendo negativo ou não, deve ser divulgado na última semana de novembro. A nova tarifa será aplicada a partir do dia 1º de dezembro.
“Não somos nós Distribuidora que definimos. A cada quatro anos ocorre o reajuste, porém, anualmente, existe uma revisão tarifária. Após os cálculos realizados pela Aneel, fica definido o reajuste que nem sempre significa aumento para o consumidor. Às vezes, pode ocorrer como em 2014, que houve uma redução no valor da tarifa. Qualquer informação a mais sobre esse assunto seria apenas especulação”, ressaltou o presidente do órgão.
Enquanto o valor do reajuste não é definido, os consumidores residenciais continuarão pagando a conta de energia elétrica com um acréscimo de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, conhecida como bandeira vermelha. Isso significa que houve mais custos na geração de energia.
Além de indicar que o custo de geração de energia está elevado, por conta do acionamento de termelétricas para poupar água nos reservatórios, o sistema de bandeiras repassa mensalmente às tarifas parte dos custos adicionais na geração.
Uma vez por mês, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) calcula o Custo Marginal de Operação (CMO) nas reuniões do Programa Mensal de Operação (PMO) – quando também é decidido se haverá ou não a operação das usinas termelétricas e o custo associado a essa geração. Após cada reunião, com base nas informações do ONS, a Aneel aciona a bandeira tarifária vigente no mês seguinte.
De acordo com a Aneel, com as bandeiras, o consumidor pode identificar qual bandeira do mês e usar a energia elétrica de forma mais consciente, sem desperdício.
No final de agosto, a Aneel reduziu em 18% o valor da bandeira vermelha. Até então, a cobrança adicional era de R$ 5,50 a cada 100 kWh consumidos. Esse sistema de bandeiras tarifárias entrou em vigor desde o início do ano e ainda não atingiu a bandeira verde, que significa que não haverá custo no valor adicional consumido durante o mês.