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População busca alternativas para driblar os crescentes aumentos do mercado

A professora Gleise Araújo evita deixar eletrodomésticos ligados desnecessariamente dentro de casa. (Foto: Bruna Mello/ A GAZETA)
A professora Gleise Araújo evita deixar eletrodomésticos ligados desnecessariamente dentro de casa. (Foto: Bruna Mello/ A GAZETA)

O combustível, o gás de cozinha, a energia elétrica, entre outros itens tiveram um aumento considerado desde o início do ano. Ainda para este ano está previsto mais um reajuste nesses três produtos.

No geral, o mercado de compra e venda está sendo afetado pela crise econômica que o Brasil está vivendo. Em todo o país, inclusive no Acre, a população tem buscado alternativas para economizar e driblar os altos preços cobrados por produtos essenciais.

Com uma renda líquida de aproximadamente R$ 6 mil, a família Araújo tem reduzido os passeios do final de semana e planejado melhor as viagens feitas de carro. A professora, Gleise Araújo, conta que no começo do ano gastava R$ 150 por semana com o abastecimento do carro. Hoje, ela abastece R$ 250 para fazer o mesmo trajeto durante a semana e, mesmo assim, precisa planejar os passeios do final de semana para economizar.

“Infelizmente são coisas que eu não posso deixar de ir, como trabalho, buscar e deixar as crianças na escola. Eu sabia que o valor estava alto, mas essa semana fui abastecer em um posto que eu não tenho costume e me assustei. O litro da gasolina estava R$ 4,09”, disse.

A família que sempre teve o costume de realizar as refeições do final de semana em restaurantes, panificadoras e lanchonetes, agora planeja melhor os dois dias. As idas ao shopping da cidade também diminuíram. “Nós reduzimos os passeios, os almoços fora de casa. Outra coisa é que estamos economizando a energia em casa”.

Araújo explica que os filhos também colaboram com a economia em casa. “Eles são bem conscientes. Antes, a Carol (filha mais velha) tinha o costume de acordar e ficar no quarto com o ar condicionado ligado. Agora, quando eles acordam, já desligam tudo. Ela só dormia com o abajur ligado, agora é tudo apagado”, relata a mãe.

O pai, coordenador técnico de automotiva, Antônio Araújo, revela que os filhos passaram a participar da avaliação do orçamento da família. “Eles olham a nota fiscal. Uma vez o Eduardo (filho mais novo), depois do almoço, pediu sobremesa, picolé, umas coisas. Quando fui pagar mostrei pra ele que só a sobremesa saiu mais caro que o almoço de todo mundo. Assim, aos poucos, eles começaram a entender”, explica.

As visitas ao supermercado também diminuíram. Antônio, que tinha o costume de passar pelo supermercado todos os dias, reduziu a ‘visita’ para uma vez por semana. A família que costuma viajar de carro uma vez por ano, também está pensando como irá fazer a viagem este ano. “A feirinha da semana pulou de R$ 150 para R$ 300. Isso são só coisas essenciais para semana”, completa.

Araújo destaca que a situação está difícil para todos e a incerteza do futuro é o que mais assusta. “A gente observa que o salário não aumenta, e nós temos que tentar se adequar com o pouco que estamos ganhando e o muito que estamos gastando. A maior preocupação é pelo o que estar por vir. A sensação é que jogaram o comandante no mar e o Brasil está desgovernado”, conclui o casal.

Taxistas falam do preço da gasolina

A maioria dos taxistas de Rio Branco alegam não estarem conseguindo obter lucros. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)
A maioria dos taxistas de Rio Branco alegam não estarem conseguindo obter lucros. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

Os reajustes afetam toda a população, mas, para aqueles que trabalham e dependem diretamente de um produto, a situação é um pouco pior. O relato dos taxistas é quase o mesmo, o lucro sobre as corridas realizadas é pequeno, quase zero. Para o taxista, Francisco Melo, de 38 anos, a população sentiu o aumento recentemente. Ele afirma que o lucro é quase zero.

“A gasolina está aumentando, um absurdo. É difícil ter esse lucro. Nós não estamos tendo esse lucro como as pessoas pensam que a gente tem. Antes, eu fazia 20 corridas por dia. Hoje, nós fazemos no máximo 10 por dia. Antes, nossa rádio táxi atendia 40 mil chamadas, hoje atende umas 20 mil”, fala o taxista.

Melo relata que as reclamações dos passageiros são constantes, porém, eles se mostram compreensivos, devido à crise econômica e política do país. “Eles compreendem porque eles vêm que a gasolina aumentou e não tem como não aumentar o valor da bandeira. Ultimamente estou trocando a gasolina pelo álcool e por enquanto está compensando”.

Em contrapartida, o taxista Simão Vieira, há 15 anos na praça, afirma que a procura por táxi aumentou. “Tem muita gente que está preferindo sair de casa de táxi para não pagar estacionamento, não ficar rodando de carro. A clientela não caiu, vai é aumentar. Conheço gente que tem dois carros na garagem e prefere sair de táxi para economizar”, conta.

Em média, Vieira realiza de 5 a 6 corridas por dia. Ele relata que nunca viveu uma situação como essa, com tantos aumentos seguidos no valor do combustível. “É um absurdo um negócio desses! Nós estávamos usando o álcool aí aumentaram, está difícil. Uso álcool na cidade, mas quando vou para estrada tem que ser gasolina. Não tem jeito”.

Procura por botija de gás de 5 kg aumenta

Comerciante alega não ter culpa pelos aumentos. (Foto: Odair leal/ A GAZETA)
Comerciante alega não ter culpa pelos aumentos. (Foto: Odair leal/ A GAZETA)

Outro produto que teve o valor reajustado foi o gás de cozinha. Proprietário de uma distribuidora, Damião Nascimento, de 49 anos, afirma que a procura por botijas de gás não diminuiu. Porém, os clientes têm optado pela botija menor, de 5 quilos. Desde o começo do ano, Damião relata que a botija de gás de 13 quilos subiu de R$ 49 para R$ 59.

Por mês, Damião chega a vender 300 botijas de gás. “A gente faz o que pode. Eu até diminuí para R$ 57, porque os clientes estavam reclamando muito. Mas, a culpa não é nossa. Pra falar a verdade, nós ficamos sabendo dos aumentos pela televisão, ele [os distribuidores] não avisam nada”.

O proprietário da distribuidora diz que no futuro as famílias mais carentes vão começar a utilizar fogão à lenha ou carvão. “Só Deus pra ter misericórdia dos pobres! Hoje mesmo eu deixei gás na casa de um cliente. Cheguei lá e ele só tinha R$ 50, e eu aceitei. Fazer o que? É difícil. A gente tenta compreender”.

Reajustes em 2015 em serviços essenciais assustam

BRUNA LOPES

Marcado por reajustes e arrocho econômico, o ano de 2015 tem se tornado um pesadelo para os acreanos, que mesmo antes das variações econômicas do cenário atual, sofriam por estar distante geograficamente dos grandes centros e, por isso, pagam valor diferenciado do que é praticado em outras regiões do país.

O ano teve início com uma redução de quase 17% nas contas de energia elétrica dos consumidores acreanos, determinada com base nos cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Eletrobras Distribuição Acre. Mas, o que é bom dura pouco.

Também, foi nesse período que entrou em vigor as bandeiras tarifárias visando o equilíbrio econômico-financeiro no curto prazo, entre o custo da energia para as distribuidoras e o valor da tarifa paga pelos consumidores, praticamente não influenciando no preço da tarifa de energia elétrica no longo prazo, aponta a Aneel.

As bandeiras tarifárias são definidas mensalmente e informadas na própria conta de luz. Se elas estiverem na cor verde, a tarifa não sofre nenhum acréscimo. Com a cor amarela, o aumento é de R$ 1,50 para cada 100 kWh consumidos no mês.

Já as bandeiras vermelhas, que vigoraram ao longo de todo o ano, indicam que está muito caro gerar energia no país, devido ao uso das termelétricas (usinas movidas a combustíveis como óleo e gás, e que são mais caras). Nessa condição, o consumidor paga R$ 4,50 para cada 100 kWh de energia usados no mês.

Ainda no mês de fevereiro, a Aneel aprovou a revisão tarifária extraordinária. Os maiores reajustes foram para as distribuidoras AES Sul (39,5%), Bragantina (38,5%), Uhenpal (36,8%) e Copel (36,4%). Os mais baixos serão aplicados para as distribuidoras Celpe (2,2%) e Cosern (2,8%). No Acre a revisão foi de 20.98%.

A revisão extraordinária está prevista nos contratos de concessão das distribuidoras e permite que a Aneel revise as tarifas para manter o equilíbrio econômico e financeiro do contrato, quando forem registradas alterações significativas nos custos da distribuidora, como, por exemplo, modificações de tarifas de compra de energia, encargos setoriais e de uso das redes elétricas.

E apesar do ano ainda não ter terminado, a Distribuidora deverá apresentar o reajuste da tarifa com base em cálculos e com o aval da Aneel no final deste mês. De acordo com presidente da Eletrobras Distribuição Acre, Ricardo Xavier, não é a Distribuidora que define o percentual.

“Após os cálculos realizados pela Aneel, fica definido o reajuste que nem sempre significa aumento para o consumidor. Às vezes, pode ocorrer como em 2014, que houve uma redução no valor da tarifa. Qualquer informação a mais sobre esse assunto seria apenas especulação”, ressaltou o presidente do órgão.

1 - bandeiras-tarifarias

Gasolina teve quatro reajustes de janeiro até início de novembro
Calma, consumidor acreano. O que tem tirado o sono de muita gente é o atual valor cobrado pelos combustíveis. E a cada nova notícia de reajuste no produto é sentido que o cinto do orçamento vai ter que ficar ainda mais apertado.

Em janeiro de 2015, a gasolina custava em Rio Branco R$ 3,43, o litro. Em fevereiro, o produto passou para R$ 3,75. O aumento foi justificado na ocasião, pela elevação do PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Confins), ainda nas refinarias.

Durante o Carnaval, em fevereiro, novo reajuste pegou de surpresa os consumidores. Desta vez, a gasolina passou a custar R$ 3,77. O motivo é o aumento do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que entrou em vigor naquele mês.

Após cinco meses com o valor congelado, no final de setembro a gasolina sofreu novo reajuste nacional. Mas, não parou por aí.

Em outubro, com a diferença de pouco mais de 20 dias, os combustíveis foram reajustados por duas vezes no Acre. Um deles foi resultado, principalmente, da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os novos preços nas distribuidoras.

Os preços praticados variam entre R$ 4,06 a R$ 4,13 em Rio Branco. Em Cruzeiro do Sul, o preço da gasolina comum passou de R$ 4,39 para R$ 4,51 na maioria dos postos. Já, a aditivada está sendo comercializada por R$ 4,66.

Pelo valor cobrado no interior, o Acre ganhou destaque na mídia nacional por ter a gasolina mais cara do país.

Na ocasião, o Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre (Sindepac) explicou que fatores como a entressafra do etanol e a alta do dólar também influenciaram no aumento.

Fecombustíveis divulga nota sobre reajustes
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) nega por meio de nota o aumento dos preços dos combustíveis seja estipulado pelos postos revendedores.

“Vem ocorrendo significativos aumentos de custos, de maneira contínua, ao longo de toda a cadeia de circulação dos combustíveis, de modo bastante acentuado desde janeiro deste ano e os postos, que são o último elo dessa cadeia comercial, e o mais frágil deles, não devem ser responsabilizados por tais aumentos”, afirma a nota.

Nos últimos meses, as elevações de preços têm penalizado os postos de combustíveis, com a diminuição de suas vendas, perda de clientes, a necessidade de intensificação de capital de giro, além de severos desgastes perante a opinião pública, já que os aumentos são incorretamente atribuídos aos postos.

Deve-se observar também os custos com energia elétrica, mão de obra, licenças ambientais, custos sociais do trabalho e uma série de novas exigências estabelecidas pelos órgãos públicos, que têm aumentado, consideravelmente, os custos de operação dos postos, isso sem falar no drástico aumento da carga tributária.

Outro lado
Procurada pela equipe de reportagem de A GAZETA, a Petrobras Distribuidora explicou que o preço final ao consumidor varia em função de múltiplos fatores como: carga tributária (municipal, estadual, federal), concorrência com outros postos na mesma região e a estrutura de custos de cada posto (encargos trabalhistas, frete, volume movimentado, margem de lucro etc.).

Por meio de nota, ressaltou porque não se pronuncia sobre alteração de preços. “Os preços são livres nas bombas. As distribuidoras de combustível são legalmente impedidas de exercer qualquer influência sobre eles. Há uma lei federal que impede as distribuidoras de operarem postos. Estes são, em regra, administrados por terceiros, pessoas jurídicas distintas e autônomas”, afirma.

“É preciso mudar os hábitos”, orienta economista

Economista Carlos Franco fez uma análise da situação econômica atual do país e afirma que o próximo ano pode ser pior. (Foto: Brenna Amâncio/ A GAZETA)
Economista Carlos Franco fez uma análise da situação econômica atual do país e afirma que o próximo ano pode ser pior. (Foto: Brenna Amâncio/ A GAZETA)

BRENNA AMÂNCIO

Na última semana, mais um aumento no valor de itens importantíssimos para as famílias acreanas, como o gás de cozinha, gasolina e energia, foi noticiado. São produtos que afetam diretamente a alimentação e o transporte das pessoas. Driblar essa situação em um cenário econômico tão desvantajoso não é tarefa fácil. Mas, o economista Carlos Franco dá algumas orientações valiosas.

Futuro incerto
“É possível que 2016 seja pior que 2015”, declara o economista Carlos Franco. A perspectiva aparentemente pessimista foi levantada com base em informações técnicas que aponta para um futuro incerto na economia financeira brasileira.

“Poucas pessoas têm expectativa de aumentar a renda. Alguns buscam um complemento para ajudar nas finanças. Mas quem não tem isso, quem é funcionário público, por exemplo, com um salário fixo, fica muito difícil”.

Franco explica que a economia acontece a partir de dois fundamentos ou duas situações básicas: a primeira é a informação real que sai hoje e a segunda é a expectativa que essa informação gera para o futuro.

“Então, uma informação negativa hoje, por exemplo, do aumento do índice de desemprego, gera uma expectativa negativa para o futuro. O empresário analisa aquela situação como menos renda para comprar o produto dele lá na frente. Por isso, ele produz menos por interpretar que haverá menos consumidores”.

Para o economista, do ponto de vista técnico, todas as informações que saem na mídia são muito ruins. Ele salienta o crescimento da inflação, baixo crescimento do PIB e o crescimento do índice de desemprego. Inclusive, pesquisas mostram que os empresários estão pessimistas em relação ao futuro da economia brasileira. Não há nenhuma informação que gere uma expectativa positiva para o futuro, aponta Franco.

“O problema maior que eu considero é essa falta de horizonte. No campo político, não se visualiza o que pode acontecer daqui a três meses. É um cenário de completa incapacidade dos agentes consumidores de prever o que vai acontecer no Carnaval do ano que vem, por exemplo. Isso faz com que o empresário tenha cautela na hora de investir, beirando o medo. E como o empresário não investe, ele cria menos emprego e isso se transforma num ciclo vicioso para toda a economia. Um ciclo difícil de sair dele”.

GÁS DE COZINHA
Até dezembro, o preço do gás de cozinha irá aumentar. Carlos Franco aponta que o empresário ainda tem uma alternativa de tentar se defender, que é repassar esses custos para os preços finais. Já o consumidor, normalmente, fica preso porque tem um salário fixo.

“O consumidor tem as seguintes alternativas: mexer no seu orçamento, cortar o máximo possível de gastos supérfluos, tentar substituir produtos mais caros pelos mais baratos e pesquisar. Nunca foi tão necessário pesquisar como neste momento”.

Uma botija de gás, por exemplo, vai ter um peso de quase 8% em um salário mínimo, aponta o economista. Como esse produto é a base do consumo urbano, fica difícil mudar para uma alternativa mais econômica. Ainda assim, existem meios.

“Trocar carne por um tipo mais barato. Comer menos carne vermelha, porque é mais cara. Reduzir o consumo durante a semana desse produto, substituindo-os por outros como o frango e o ovo. Buscar comprar nos atacados, porque lá pode ser até 5 e 8% mais barato. Procurar promoções e planejar cada vez mais as suas compras. Evitar usar o forno, por exemplo, que exige um gasto de gás maior”, sugere.

ENERGIA
Agosto, setembro e até outubro foram meses de intenso calor no Acre. Isso fez com que o uso de eletrodomésticos como o ar condicionado, por exemplo, aumentasse. Consequentemente, o valor da energia no final do mês era de fazer o consumidor “cair de susto”.

Mas, com novembro, parece que o período chuvoso chegou de vez. Isso contribui com a economia no consumo de energia, aponta Franco. Ainda assim, ele acredita que o reflexo da alta do calor e o uso elevado dos eletrodomésticos vão aparecer ainda nas contas de energia deste mês.

“O menos mal da história é que nós já passamos pelo período mais quente do ano. A partir de agora, a tendência é de um tempo mais chuvoso. A queda do nível de calor vai ajudar a economizar na hora de usar o ar condicionado. Já é uma ajuda em um cenário muito difícil”.

Com o surgimento da bandeira vermelha na tarifa de energia as contas sofreram um aumento. Para quem ainda não entendeu o motivo de isso acontecer, Carlos Franco faz uma explicação simplificada.

“Quanto ao custo da energia, por conta da crise hídrica, as distribuidoras tiveram que acionar a produção das termoelétricas, que usam o diesel para produzir. Isso tem um custo mais elevado. Esses momentos aumentam o custo para as empresas. Consequentemente, isso é repassado ao consumidor por meio de bandeiras para dizer assim: ‘olha, estamos consumindo energia mais cara’. Então se eu estou consumindo algo mais caro, tenho que pagar o preço. Infelizmente, chove muito em umas regiões e em outras não. As regiões onde se produz energia elétrica mais barata estão passando por problemas sérios de oferta de água e de energia. É a forma que as distribuidoras encontraram de repassar o custo para o consumidor. Então, se os reservatórios voltam ao normal e a produção de energia fique mais barata, a tendência é reduzir as bandeiras”.

Enquanto isso não acontece, resta ao consumidor mudar os hábitos, como apagar a luz que não está sendo usada, por exemplo. “Se você não reduzir de fato o seu consumo, vai sofrer o impacto do aumento da energia”, afirma o economista.

GASOLINA
Em um curto período de tempo, a gasolina sofreu diversos reajustes. Hoje, no Acre, o litro dela está sendo comercializado a mais de R$ 4. Em alguns municípios, esse valor chega a R$ 5. Para muitos, um verdadeiro atentado ao bolso.

E tem um novo aumento em vista para as próximas semanas. Com o produto cada vez mais caro, é preciso usar a criatividade para não sofrer tanto com os reajustes.

As orientações podem parecer clichês, mas, se levadas em consideração, representam uma economia significativa no final do mês.

“Os donos de automóveis são os que mais sentem. Por isso, estudar as suas rotinas de consumo na casa ainda é a melhor alternativa. Compartilhar o carro com o vizinho, buscar rotas que reduzam a distância percorrida e otimizar o uso do veículo. Tentar readequar o seu orçamento a uma situação que, ao meu ponto de vista, não tem perspectiva de melhora”.

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