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Leo de Brito afirma que não participa de acordos para manter Eduardo Cunha na presidência da Câmara

O deputado Leo de Brito (PT-AC) comentou sobre as declarações do senador Jorge Viana (PT-AC), no qual o criticou, durante entrevista ao jornal O globo, por não ter comparecido a reunião do Conselho de Ética, no qual seria analisada a admissibilidade do processo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

A reunião ocorreu na última quinta-feira, 19, e nesta data o deputado cumpria agenda no Acre, juntamente com o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves. Jorge destacou que se soubesse que a agenda com o ministro coincidiria com a sessão do colegiado, teria aconselhado o deputado a ficar em Brasília. “Fazer política em uma hora dessas é cavar a própria cova”.

Leo de Brito, por sua vez, disse ter causado estranheza e perplexibilidade a fala do senador. “Ele é uma das poucas pessoas com quem conversei sobre o caso Eduardo Cunha, uma demonstração de respeito, confiança e lealdade. Ele sabe da minha opinião a respeito do assunto. não entendo os motivos que o levou a tecer tal comentário”, disse.

O parlamentar explicou que a reunião estava marcada, a princípio, para quarta-feira, 18, porém acabou sendo adiada para o dia seguinte.

“Mandei um representante em meu lugar, haja vista que tinha uma agenda no Estado e a reunião não havia sido marcada para aquele dia em questão. Não agi com irresponsabilidade. Inclusive, informei ao senador Jorge Viana da reunião do Conselho de Ética e que haveria pedido de vistas, portanto, não haveria votação”, pontuou.

Quanto sua posição a respeito do presidente da Câmara dos Deputados, ele frisou que votará a favor da admissibilidade do processo por quebra decoro contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Eu não irei participar de acordo algum. Votarei esta semana pela admissibilidade do processo”, afirmou.

Jorge Viana criticou ainda o Partido dos Trabalhadores que atuar em defesa do líder político. Ele afirmou que auxiliar Cunha é “querer chamuscar ainda mais um partido que está sofrendo, sangrando”.

O senador pediu ao Conselho de Ética que aja com justiça. “Ser ético é ser justo. Defendo que ajam no conselho com justiça. Não é um conselho de articulação política, é um conselho de ética. No conselho, é para votar com ética. Ou então, eles que saiam do conselho”.

Por fim, Viana falou sobre a permanência de Eduardo Cunha no cargo, após as denúncias. “A Câmara precisa superar isso. Não quero me intrometer em questões internas da Câmara, mas continuar com essas pautas conservadoras do século XIX, não dá mais”.

 

 

 

 

 

 

 

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