Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Mineradora admite risco de rompimento nas barragens Santarém e Germano

 Representantes da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, admitiram, durante coletiva realizada na manhã de ontem, 17, que há risco de rompimento nas barragens de Santarém e Germano – que ficam perto da que se rompeu no dia 5 de novembro, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais.

“Tem o risco e nós, para aumentar o fator de segurança e reduzirmos o risco, nós estamos fazendo as ações emergenciais necessárias”, declarou o gerente-geral de projetos estruturais da Samarco, Germano Lopes.

O diretor de operações e infraestrutura da Samarco, Kléber Terra, disse que o fator de segurança na barragem de Santarém é de 1,37 numa escala de 0 a 2, o que significaria uma estabilidade de 37% acima do equilíbrio limite que é 1.

Na de Germano, o diretor afirmou que o dique Selinha – que é uma das estruturas – tem índice de 1,22, o menor em todo o complexo.

De acordo com o gerente-geral de projetos estruturais da Samarco, o fator de segurança, estabelecido pela NBR 13028, é um número que mede a estabilidade de uma estrutura. Esta norma, segundo ele, prevê que, para estruturas numa condição normal de operação, deve-se ter o fator de segurança de 1,5, no mínimo. Em condições adversas, é admitido fator de segurança é de 1,3. Ainda conforme Lopes, o índice igual a 1 representa que a estrutura está no limite de equilíbrio.

Ainda segundo Terra, estão sendo feitas obras emergenciais nas duas barragens. O diretor explica que blocos de rocha estão sendo colocados de cima para baixo, para reforçar a estrutura. Este procedimento deve durar cerca de 45 dias na barragem de Germano. Na de Santarém, as obras têm um prazo de 90 dias.

Sair da versão mobile