Todos os anos, cães e gatos fogem e se machucam gravemente na hora dos fogos de artifício do réveillon. O barulho costuma assustar e estressar os animais, e muitos, literalmente, entram em pânico na noite da virada. Quem tem animal de estimação sabe como é estressante para eles lidar durante a passagem de ano. Por isso, a médica veterinária Fabiana Neves Pinto Frota, do Pet Shop Peti Gatô deu algumas dicas de como proteger seu ‘melhor amigo’.
Segundo a veterinária, o importante é nunca deixar o pet sozinho. “O principal problema é que o medo dos fogos leva cães e gatos a fugirem, podendo ocasionar machucados, automutilações, hiperexcitação ou brigas com outros animais, por exemplo”, esclareceu.
O ideal é colocar o animal em um cômodo da casa sem objetos pontiagudos, espelhos ou portas de vidro. “São apenas 15 minutos no máximo de fogos. Então é importante que o animal se sinta seguro. Não é aconselhável também, transportar o bichinho para locais que ele não conheça”, afirma a médica veterinária.
A veterinária confirma que após esse tipo de evento, o número de animais que dão entrada na clínica vítimas por atropelamentos aumenta. “Além disso, registramos um aumento nos animais que sofrem com quedas e diarréias, devido à ingestão de alimentos fora da dieta comum deles. Problemas mais recorrentes no Natal.”
TellingtonTouch
Uma postagem circula no Facebook recomendando amarrar uma faixa de tecido fazendo um 8 no tronco dos cães. A técnica, chamada de tellingtontouch, promete tranquilizar os cães nos momentos estressantes das queimas de fogos.
Esse método se baseia na informação de que animais que possuem esse tipo de pavor também têm grande sensibilidade nas regiões traseiras, patas e orelhas. Sendo assim, consiste em atar seu cão com um pano para que a circulação sanguínea das regiões extremas do corpo seja estimulada, amenizando as tensões localizadas no dorso do animal e diminuindo sua irritabilidade.
Amarre seu cachorro de forma que a faixa englobe peito e dorso (formando um oito). Finalize dando um nó na região traseira, mas se certifique que não esteja exatamente sobre a coluna.
Por que funciona?
O ato de “amarrar” seu cachorro reverbera no sistema nervoso dele, que recebe a informação sensitiva, envia ao cérebro e o deixa mais calmo, visto que essa pequena pressão ativa seu sistema nervoso autônomo.
Conforme o corpo sente a pressão das faixas, sua psique e tronco entram em harmonia, fazendo com que o pet sinta-se mais seguro e possa enfrentar momentos que lhe causavam medo e pavor.
A médica veterinária Fabiana Neves Pinto Frota afirma que não conhecia esse método, mas que vai testar nos animais que tem em casa. “Acredito que tudo é válido para cuidar dos bichinhos.”
A coordenadora de eventos da Sociedade Amor a Quatro Patas (SAQP), Luciana Souza, ressalta que nesse período aumenta o registro de animais que fogem das residências. “No Natal, muitas pessoas utilizaram a página da SAQP nas redes sociais para postar anúncios de animais encontrados e perdidos. Infelizmente, para o Ano Novo nossa estimativa é que os casos de fugas e desaparecimentos aumentem”, explicou.