O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), disse ontem, 15, que estranhou as ações da Polícia Federal (PF) contra ele e lideranças do seu partido exatamente no dia de votação do parecer preliminar no Conselho de Ética e às vésperas da decisão sobre o rito do processo de impeachment no Supremo Tribunal Federal (STF). “Foi uma operação concentrada no PMDB, quando a gente sabe que o PT é o responsável por esse assalto que ocorreu no Brasil, pelo assalto da Petrobras.”
O deputado Eduardo Cunha voltou a afirmar que não há hipótese de renúncia ao mandato parlamentar ou à presidência da Câmara. “Minha consciência está tranquila. Sou absolutamente inocente. É um verdadeiro absurdo se buscar provas em um inquérito que já tem denúncia aditada.”
“Todo dia tem denúncia de caixa 2 envolvendo o PT. Tem a roubalheira do PT sendo fotografada e, de repente, fazer uma operação com o PMDB. Isso causa muita estranheza a todos nós. O povo sabe que o dia de hoje, do conselho e às vésperas da decisão do processo de impeachment, tem alguma coisa de estranha no ar.”
“Causa muita estranheza essa concentração em cima da gente [PMDB]. Estranho profundamente essa concentração no PMDB, principalmente ocorrendo no dia de votação no Conselho de Ética e às vésperas da decisão do STF.”
O presidente da Câmara informou que não tem qualquer problema com operações de busca. “Não tenho nada a reclamar. O que estranho é o contexto, o dia e os objetivos. Não me parece que ninguém do PT, com o tipo de fórum que eu tenho, é sujeito a algum tipo de operação. Até agora, só estiverem sujeitos a esse tipo de operação aqueles que não são do PT.”