X

“Debate sobre eleição municipal apenas no ano que vem”, destaca Marcus Alexandre

 Prestes há completar três anos à frente da Prefeitura de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT) destaca que de todas as ações já realizadas, a principal delas é a proximidade com a população. Ele frisa que para representar verdadeiramente o povo é preciso estar perto e ouvir os anseios da sociedade.

“A grande obra nossa é o fato de estarmos perto da população, ouvindo seus anseios, dialogando e estreitando relações. Por isso que nosso slogan é Com você no Dia a Dia.”

Diante das dificuldades enfrentadas ao longo do ano, Marcus Alexandre avalia que a prefeitura vem realizando um bom trabalho. “Mesmo diante de todas as situações delicadas, a prefeitura tem hoje parte das ações do plano de governo cumpridas ou em fase de execução.”

Questionado quanto ao debate em torno da eleição do próximo ano, o prefeito é categórico ao afirmar que o momento é de trabalhar para o desenvolvimento do município. Segundo ele, a discussão em torno do assunto só será realizada em 2016.

“Ainda estamos tentando nos recuperar de uma alagação histórica. Creio não ser este o momento de colocar eleições como assunto principal. Debate sobre eleição municipal apenas no ano que vem”, reforçou.

A GAZETA – Qual avaliação o senhor faz desses três anos à frente da Prefeitura de Rio Branco?

Marcus Alexandre – Positiva. O maior compromisso que nós temos com a população é o nosso plano de governo. Mesmo diante das dificuldades que enfrentamos ao longo do ano, a prefeitura tem hoje parte das ações do plano de governo, cumpridas ou em fase de execução. Vamos trabalhar até o último dia do mandato para cumprir todos os nossos compromissos com a população.

A GAZETA – O que o senhor classifica como maior dificuldade em sua gestão?

  1. A. – Sem sombra de dúvidas, de todas as áreas, a que apresenta maior dificuldade é a do transporte público, pois nem tudo nesta pasta depende da prefeitura. Levando em consideração que temos um sistema de transporte cuja legislação é antiga, já se percebe que as dificuldades são muitas, haja vista que a matriz de financiamento do transporte não mudou. Hoje, quem mantém o sistema de transporte é quem paga a tarifa. O subsídio que existe é dado pelas prefeituras, que são os entes da federação com a menor receita. Somente com a carga dos municípios fica difícil trabalhar.

A GAZETA – Como a prefeitura tem trabalhado para melhorar o Transporte Coletivo na Capital?

  1. A. – Temos feito um esforço grande para avançar nesta pasta. Construímos o terminal da Ceasa e Ufac com o objetivo de melhorar o sistema, tornando-o mais inteligente. Implantamos um sistema de monitoramento no Terminal com o Centro de Operações. Conseguimos manter a passagem de ônibus dos estudantes em R$1,00, que foi inovador em todo o país. Estamos construindo dois novos Terminais, no bairro São Francisco e Adalberto Sena. Enfim, temos feito o máximo possível para oferecer o que a população realmente merece.

A GAZETA – O que o senhor destacaria na área de Saúde?

  1. A. – Desde que assumi a prefeitura de Rio Branco, já entregamos 18 unidades de Saúde. Vamos entregar mais oito, a maior delas, o Barral y Barral, que agora atuará como uma policlínica. Um ponto que tivemos um avanço foi na questão da regulamentação. Hoje temos um sistema que se integra ao sistema do Estado na questão de consultas, exames e outros procedimentos. Com o programa Mais Médicos, hoje contamos com um quadro 60 médicos a mais atendendo nas unidades. Claro que ainda precisamos avançar, mas muita coisa vem sendo feita.

A GAZETA – A parceria entre o governo e município foi fundamental para os avanços nesta pasta?

  1. A. – Com certeza. Logo que assumi, tive uma reunião com o governador e fizemos um diagnostico dessa área. Fizemos uma parceira em janeiro de 2013 e desde esse momento o governo tem nos apoiado em diversas ações. Por exemplo, houve um tempo em que nos finais de semana as Upas estavam ficando com uma demanda muito grande. Para resolver essa questão a prefeitura, em parceria com o governo, passou a abrir unidades de saúde aos sábados. Com isso, conseguimos melhorar os atendimentos das Upas.

A GAZETA – Infraestrutura?

  1. A. – Atualmente, temos obras em mais de 50 bairros na Capital. Uma parte das obras é referente ao Depasa. Nosso desafio maior é a duplicação de sete avenidas, que juntas somam investimentos de mais de R$ 60 milhões. Temos quase 700 km da nossa malha viária asfaltados, isso equivale a 80% das nossas vias pavimentadas e com infraestrutura. O desafio passa a ser a manutenção e a conclusão dessa última parte. Nesses últimos anos, a cidade deu um salto em relação à infraestrutura e isso é muito positivo.

A GAZETA – Educação?

  1. A. – Ampliamos o número de vagas. Saímos de dezenove mil para vinte um mil e quinhentos alunos. Abrimos 2.400 vagas em creches. Entregamos duas novas creches e temos mais nove para entregar no primeiro semestre do ano quem vem. Dessa forma vamos conseguir cumprir a nossa meta que era disponibilizar cinco mil vagas. Entre as capitais de todo o país, Rio Branco teve a quinta melhor avaliação. E mesmo com a alagação, conseguimos terminar o ano letivo nas escolas públicas em 18 de dezembro.

A GAZETA – A prefeitura tem dado uma atenção especial à área dos esportes. Fale sobre este trabalho.

  1. A. – Quando assumi, um dos meus pensamentos era que deveríamos avançar nos esportes, pois é uma grande política social. Por isso criamos a Secretaria Municipal dos Esportes. Um dos nossos maiores destaques foi a realização do Copão Comunitário, que reuniu 132 equipes. Tivemos um calendário esportivo que desde janeiro vêm sendo executado com competições de vôlei, basquete, futebol de salão feminino e masculino, artes marciais. Enfim, enxergo e defendo que todo gestor deve apoiar ações no esporte como forma de inclusão social.

A GAZETA – A prefeitura está preparada para enfrentar uma nova alagação na mesma proporção da deste ano?

  1. A. – Espero que não tenhamos outra experiência como essa. Mas, caso aconteça, já estamos nos preparando. Nosso plano de contingência tinha como cota máxima 17, 66m, agora é de 18,40m. Tivemos que ampliar nosso plano. O que nos preocupa muito é o pós-enchente. Este ano, por exemplo, tivemos que recuperar 900 ruas em 53 bairros. E o serviço ainda não acabou. A ajuda do governo estadual e federal é de extrema importância para superar essa situação.

 

A GAZETA – Em termo de gestão, qual a sua expectativa para o final de 2016?

  1. A. – O ano de 2016 é importante porque é quando iremos consolidar as diversas ações que estão sendo executadas pela prefeitura de Rio Branco. Daremos sequência à agenda de compromissos com a população, na qual firmamos durante o período de campanha. Minha prioridade é continuar trabalhando em favor do crescimento da capital acreana. Por se tratar de um ano eleitoral, enfrentaremos um período de restrições, porém, vamos continuar trabalhando.

 

A GAZETA – E quanto às eleições de 2016?

  1. A. – Quanto a isso, tenho pedido para as pessoas, principalmente aos partidos, que deixem a discussão para o ano que vem. Vivemos no momento uma crise política nacional sem precedentes e uma grave crise financeira. Ainda estamos tentando nos recuperar de uma alagação histórica. Creio não ser este o momento de colocar eleições como assunto principal. Na minha agenda, o assunto principal é trabalhar muito para cumprir o plano de governo. Debate sobre eleição municipal apenas no ano que vem.

 

A Gazeta do Acre: