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Dilma: “Vou lutar contra pedido de impeachment porque nada fiz”

A presidente Dilma Rousseff foi notificada oficialmente na noite de quinta-feira da decisão do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de aceitar o pedido de abertura de processo de impeachment contra ela por suposto crime de responsabilidade contra a lei orçamentária.

Recebida por uma plateia majoritariamente a seu favor, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, na 15ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília, que o processo de impeachment contra ela “não tem fundamento” e que é resultado de um movimento sistemático que tenta questionar o resultado legítimo das eleições.

“Não tem fundamento o processo do meu impedimento, eu vou fazer a defesa de meu mandato com todos os instrumentos previstos em nosso Estado democrático de direito”, disse ela.

A presidente repetiu os argumentos de seu pronunciamento feito na quarta-feira, quando o processo foi aberto pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), e disse que as razões do pedido de impeachment são “inconsistentes e improcedentes”.

“Não cometi nenhum ato ilícito. Não tenho conta na Suíça”, repetiu Dilma, em uma referência a Cunha, que está sendo investigado por contas ilegais no país europeu.

“Vou lutar contra esse pedido de impeachment porque nada fiz que justifique esse pedido e, principalmente, porque tenho um compromisso com a população deste país.”

A presidente chegou a ter o seu discurso interrompido com a plateia pedindo ‘fora, Cunha’ e gritando ‘não vai ter golpe’. Apesar de a maior parte dos participantes demonstrar apoio a presidente, algumas pessoas chegaram a gritar ‘Fora, Dilma’ e ‘Fora, PT’. Por conta das divergências, algumas pessoas batiam boca e discutiam na plateia.

No início de seu discurso, ao perceber que a ampla maioria a apoiava, Dilma fez agradecimentos e disse que esse tipo de manifestação fazia bem para sua alma.

 

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