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Participação do Acre na COP 21 é marcada por discussões de alto nível

Acre participou das discussões com outros governadores de oito estados de diferentes nações
Acre participou das discussões com outros governadores de oito estados de diferentes nações

Uma das ações do Acre durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-21) foi apresentar casos concretos e suscitar o debate sobre os mecanismos inovadores de financiamentos e resultados e impactos socioambientais das experiências acreanas na conservação da floresta e redução do desmatamento.

Entre as discussões, organizadas pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), a realização do painel “Mecanismos Inovadores de Financiamento”, foi mediado por Coleen Lyons, diretora de projeto do GCF, grupo que congrega 29 governadores de oito estados de diferentes nações, entre eles o Acre.

Cristiane Ehringhaus, coordenadora do programa REDD Early Movers, do banco Kfw da Alemanha, Gabriel Rangel Visconti, superintendente da divisão de Meio Ambiente do BNDES, Nataniel Keohane, vice-presidente do fundo de investimento Environmental Defense Fund (Fundo de Defesa do Meio Ambiente) e Luis Fernando Laranja, sócio-diretor da Caeté, fundo de investimentos de negócios com impacto positivo, completaram o painel.

Os convidados, explicaram que é necessária a diversificação, reunindo várias fontes de financiamento, para que os projetos inovadores sejam implantados ou fortalecidos. Há a necessidade também de um fluxo, ou seja, que a continuidade seja assegurada. Além disso, para que os programas funcionem, precisam ter escala e que os impactos sociais dessas iniciativas sejam visivelmente mensuráveis.

Nesse contexto, o governador Tião Viana explicou que o Acre tem quase 20 anos de experiência e se apresenta como proposta para romper com o modelo tradicional de desenvolvimento para a Amazônia, sem entraves burocráticos. Tião Viana relembrou os princípios do SUS em que as ações são executadas e os recursos liberados.

“Então devemos também trabalhar as questões ambientais com metas. Alcançada a meta, pagamento feito. Isso dá margem para uma relação interativa entre estados e a União”, enfatizou.

“O que ocorreu no Acre é fruto de um trabalho que vem legitimado pelo movimento socioambiental conduzido por um grupo enorme de atores”, destacou Jorge Viana, vice-presidente do Senado.
No segundo momento do encontro, o painel “Resultados e impactos socioambientais do Acre” foi mediado por Ricardo Mello, coordenador do escritório WWF no Acre e teve participação do senador Jorge Viana, do professor Doutor em Astrogeofísica, Gylvan Meira Filho, da procuradora de Justiça do Acre, Patricia Rêgo, do presidente da Cooperacre, Manoel Monteiro e do líder indígena Yawanawa, Joaquim Tashka.

Os relatos das experiências desenvolvidas nos setores representados pelos painelistas exemplificaram que o Acre já atua como uma economia verde e de inclusão social. “Mostra ao mundo que é possível trabalhar com a floresta sem destruí-la e criando alternativas para que as pessoas não sejam obrigadas a causar desmatamento”, enfatizou o líder indígena Tashka. (Celis Fabrícia / Agência Acre)

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